O menino da mamã
O Rodrigo é muito ligado a mim. Na hora de o deixar no infantário, nem sempre é fácil. É preciso distraí-lo.
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O Rodrigo é muito ligado a mim. Na hora de o deixar no infantário, nem sempre é fácil. É preciso distraí-lo.
Quando a Margarida era pequenina, custou bastante estar longe. Estava em período formativo por isso fiquei quase quatro meses fora de casa. Agora as coisas estão mais estabilizadas, não tenho andado tanto fora. Trabalho quatro dias e no quinto dia venho a casa. As novas tecnologias e redes sociais, ajudam bastante. Falamos várias vezes por videoconferência, durante o dia ou à noite.
Hugo
Quando regressei ao trabalho fizemos a transição por passos. O objectivo era o Rodrigo não sentir um grande impacto com a mudança. Comecei duas semanas antes a estar menos tempo com ele para se habituar a estar menos tempo comigo. Até sentir que estava bem. Passou a ficar com a ama absolutamente tranquilo. Ele é uma criança de fácil trato. Dá-se muito bem com as pessoas e acabou por não estranhar muito. Nos primeiros dias chamava por mim, mas nada de extraordinário. A transição correu mesmo muito bem. Quer para ele, quer para mim e dá para ver bem que é uma criança muito feliz. Não houve birras ou algum comportamento especial. O período de transição foi muito importante. Volta e meia eu ia aparecendo, até que finalmente houve um dia em que respirei fundo, fui trabalhar e só voltei no fim do dia.
Diogo
Não têm sido fáceis os últimos tempos. Ainda estou a usufruir do horário reduzido para a amamentação mas não estou a conseguir cumpri-lo. Temos muito trabalho e falta de pessoas. Uma das minhas colegas foi mãe. O marido trabalha comigo e também está de licença. Tenho chegado a casa tarde e muito cansada. O infantário fecha às 19h e, às vezes, vou buscar os meninos perto dessa hora. O meu horário de saída é às 16h. Não tem sido fácil, tem havido um desgaste físico e psicológico muito grande mas chego ao infantário, desligo um botão e ligo o outro. A partir daí, o tempo é deles. Agora quero ver se consigo conciliar pelo menos os últimos meses da licença, para aproveitar mais o ar puro. Quero aproveitar para andar de bicicleta e brincar ao ar livre com eles.
Vera
O estágio que fiz, no seguimento do curso de Auxiliar de Farmácia, correu muito bem. Gosto muito desta área da farmácia: poder ajudar os outros, ouvir, aconselhar. Num balcão de farmácia poderei usar o que estudei na área da psicologia, gerontologia e, agora, da farmácia. É uma área que me fascina!
Tenho muita vontade que aconteça e estou só à espera de algumas decisões familiares para poder ingressar no mercado de trabalho. Não vai ser na farmácia onde estagiei, e onde trabalha o Luís, mas na outra farmácia da família.
Zara
Ultimamente dou por mim a desejar que os dias passem rápido e a noite chegue depressa, pois sei que tenho ajuda. O Daniel passa muito tempo no trabalho, chega tarde a casa, muitas vezes depois da hora de jantar e isso deixa-me sobrecarregada não só com as tarefas de casa, mas também com estes dois pequenos índios que vieram animar - e de que maneira! - as nossas vidas.
Às vezes, estou com o telemóvel na mão e tenho vontade de enviar uma mensagem ao Daniel pedindo-lhe para que não demore a chegar. No entanto, acabo por não lhe dizer nada pois sei que também é muito penoso para ele passar pouco tempo connosco. Quando o Daniel decidiu aceitar o novo trabalho estávamos conscientes de que esta gestão iria ser difícil.
Ana
A ideia de ficar sozinha em casa a cuidar do Rodrigo enquanto o Diogo está a trabalhar até é uma ideia confortável para mim. Mas também é algo desafiante. Gosto muito de trabalhar e do que faço, e, por isso, vai ser uma fase diferente. Por um lado, não tenho o Diogo ao meu lado e ele é um verdadeiro companheiro em tudo... Por outro lado, tenho o Rodrigo a crescer, vai ser bom vê-lo a evoluir comigo. Neste momento, nada substituiria isto, é mesmo muito bom termos esta oportunidade de podermos estar com ele em casa.
Ana