Ainda é difícil termos noites de sono completas. Por volta das 22h00, 22h30, o Rodrigo está a dormir. Por vezes, acorda às três da manhã, dou-lhe de mamar e meto-o outra vez na cama. Pelas 6h, 6h30 já está acordado. De vez em quando, dorme noites inteiras mas nem sempre. Tenho a sensação de que enquanto estiver muito dependente da mama, vai continuar a acordar durante a noite. Ele bebe um biberão de 270 de leite, dou-lhe mama e mesmo assim acorda.
Há dias em que me sinto exausta e noutros que estou muito bem. São dois extremos. Não há aqui um momento intermédio, como tudo o que se refere à Margarida. Ultimamente ando muito cansada, mas acho que lido bem com isso. A privação de sono para mim é uma totalmente experiência nova, porque o Daniel dormia muito bem e com ele nunca passei por isto. É um processo novo isto de dormir muito pouco e acordar quase todas as noites de duas em duas horas. E custa-me bastante acordar, dar de mamar, pôr a Margarida a arrotar e metê-la na cama. Normalmente passado cinco minutos ela quer arrotar de novo e chora, chora, chora bastante. É trabalhoso, mas é maravilhoso em simultâneo. Depois de jantar, costumo brincar e dizer que começo a ficar um bocadinho depressiva, porque tão cedo, não vou poder descansar e faltam muitas horas para eu conseguir dormir. Só que não é a brincar, ela não me deixa mesmo dormir.