A Margarida adormece rapidamente e dorme a noite toda. Bebe o leite deitada, na cama, e mal termina, fecha os olhos e dorme. Parece mentira, mas não é. Só se estiver doente ou com algum dentinho a rebentar é que acorda durante a noite. Geralmente, é a última a acordar cá em casa. A miúda é dorminhoca!
Cá por casa, quando chega a hora de o Rodrigo dormir tentamos cumprir uma rotina: jantamos e, depois, procuramos acalmá-lo sem ecrãs nem estímulos que o excitem muito. Brincamos os três na sala e, a seguir, vamos para o quarto onde, todos os dias, lhe lemos uma ou várias histórias. O Rodrigo sempre precisou de nos ter por perto para adormecer. É assim até hoje.
A hora de ir para a cama é a chamada hora do desafio. Porque o Rodrigo ainda demora muito tempo a adormecer. Durante as férias temos “a” técnica: vamos jantar fora, um bocadinho mais tarde e ele fica de rastos. Depois temos apenas que transpô-lo do carro para a cama. Isto parece horrível, mas foi a forma que arranjámos de não perder tanto tempo. Numa rotina diária normal, acabamos de jantar relativamente cedo. Às oito e meia da noite já estamos todos jantados e ficamos na sala a brincar um bocado. Vamos deitá-lo por volta das nove e ele só adormece lá para as dez, dez e meia. Houve um período que estava a correr melhor e o processo bastante mais rápido e agora de repente regrediu. É um momento um bocadinho frustrante. Às vezes se perdemos a paciência somos substituídos pelo outro.
Ainda é difícil termos noites de sono completas. Por volta das 22h00, 22h30, o Rodrigo está a dormir. Por vezes, acorda às três da manhã, dou-lhe de mamar e meto-o outra vez na cama. Pelas 6h, 6h30 já está acordado. De vez em quando, dorme noites inteiras mas nem sempre. Tenho a sensação de que enquanto estiver muito dependente da mama, vai continuar a acordar durante a noite. Ele bebe um biberão de 270 de leite, dou-lhe mama e mesmo assim acorda.
Nesta fase, o Rodrigo faz uma coisa muito engraçada: acorda a meio da noite para fazer uma retrospectiva de todas as pessoas que conhece. De olhos abertos começa a dizer o nome de cada um dos familiares. Diz o nome dos avós, tios, o meu e o do Diogo. Depois de fazer esta ‘ronda’ volta a adormecer. Às vezes também faz isto antes de adormecer, e aí até diz o nome de alguns dos nossos amigos. Chega a parecer um momento de meditação, que antecede o sono. Ana e Diogo
Quando acorda, o Dinis tem um hábito muito engraçado: chama insistentemente pelo pai. Muitas vezes, sai da nossa cama e vai a correr para a casa de banho à procura do Luís. Para minha surpresa, admito, o Dinis criou uma ligação muito forte com o pai desde muito pequenino. Quando o pai vai trabalhar ou às compras, ele chora – e não é pouco! Quando o Miguel era bebé chamava mais por mim e, por vezes, até rejeitava o colo do pai nos momentos quando precisava, por exemplo, de ir à casa de banho ou na hora do banho. É caso para dizer que o Miguel é mais menino da mamã e o Dinis é do papá.
Contam as minhas tias e os meus pais que, quando eu era pequeno, adormecia em qualquer lado. Chamavam pelo Hugo e lá estava ele a dormir a sestinha. Uma vez, devia ter a idade do Rodrigo, estava à mesa a jantar e simplesmente adormeci. O Rodrigo herdou de mim esse hábito. Sempre que se quebra a rotina do infantário ao almoço, adormece à mesa. Por vezes já come a pestanejar. Ao fim-de-semana o almoço não pode passar das 12h30, porque o resultado é uma sesta à mesa. Ainda hoje, sempre que posso, gosto de dormir a sesta depois do almoço.
As necessidades de sono evoluem com o avançar da idade da criança. No entanto, há cuidados - tais como, o cumprimento de horários - que devem ser assegurados ao longo de todo o crescimento.
O Dinis está bastante melhor ao nível das rotinas do sono e já dorme períodos mais longos durante a noite. Associo isso a duas razões: por um lado, continuo a fazer co-sleeping, o que faz com que ele sinta o meu toque e o meu cheiro ajudando-o a dormir melhor. Por outro lado, acredito que os cuidados com a alimentação também estejam a ajudar. Embora não esteja a ser muito fácil para mim perder peso, dado o meu historial clínico, noto que a minha alimentação influencia a qualidade do leite. Por exemplo, se bebo mais chá de camomila ou como mais frutos secos apercebo-me que ele dorme muito melhor. Zara