Para manter a boa disposição dos mais pequenos, as sestas ao longo do dia também são importantes. O truque passa por perceber qual é o momento ideal para pôr o bebé a fazer o-ó.
A observação e a tentativa e erro muitas vezes ajudam os pais a perceberem a forma mais fácil de adormecer o bébé. Pode passar por começarem a prepará-lo para se deitar antes de aparecerem os sinais de sono habituais, como o bocejar e passar as mãos fechadas pelos olhos. Às vezes quando já está nessa fase pode acabar por ficar irritado com o próprio sono, e ter mais dificuldade em adormecer. Os bebés às vezes também precisavam de um update para corrigir estes erros de programação.
Mas como é que se antecipam sinais de sono? A estratégia pode passar simplesmente por não o deixar estar acordado muito mais do que uma hora e meia de seguida.
É curioso como por vezes quando os pais começam por tentar evitar aquelas rotinas muito regradas, e acabam por criar as suas próprias regras e rotinas, tudo flui naturalmente e se encaminha para umas boas horas de sono quer para os pais, quer para o bebé. Ter um quarto com um ambiente calmo, temperatura amena e mais escuro influencia positivamente a rapidez com que a criança adormece.
A Margarida adormece rapidamente e dorme a noite toda. Bebe o leite deitada, na cama, e mal termina, fecha os olhos e dorme. Parece mentira, mas não é. Só se estiver doente ou com algum dentinho a rebentar é que acorda durante a noite. Geralmente, é a última a acordar cá em casa. A miúda é dorminhoca!
Quando acorda, o Dinis tem um hábito muito engraçado: chama insistentemente pelo pai. Muitas vezes, sai da nossa cama e vai a correr para a casa de banho à procura do Luís. Para minha surpresa, admito, o Dinis criou uma ligação muito forte com o pai desde muito pequenino. Quando o pai vai trabalhar ou às compras, ele chora – e não é pouco! Quando o Miguel era bebé chamava mais por mim e, por vezes, até rejeitava o colo do pai nos momentos quando precisava, por exemplo, de ir à casa de banho ou na hora do banho. É caso para dizer que o Miguel é mais menino da mamã e o Dinis é do papá.
A mudança de emprego trouxe-nos novos desafios enquanto pais. A mim fez-me ter de planear ainda melhor o final do dia. Tudo para garantir que consigo estar em casa quando é preciso. Coordenamo-nos de forma a que um de nós possa estar presente para dar-lhe o banho ou o jantar. No novo emprego o Diogo ficou a trabalhar no centro da cidade e, por isso, demora mais tempo por causa do trânsito. Se fizermos o paralelismo com outras sociedades em que os trabalhadores saem do emprego às 16h30 ou às 17h00 e têm mais tempo livre para as crianças, é caso para dizer que em Portugal, toda esta gestão é um desafio. Tanto eu como o Diogo saíamos pelas 19h00 o que significa que quando chegamos a casa temos duas horas e meia em que o nosso filho está acordado… Se pensar em tudo isto a frio dá-me alguma pena. Felizmente estamos a trabalhar em empresas que privilegiam a flexibilidade e, por isso, quando precisamos de sair mais cedo ou passar um dia em casa não existe qualquer problema. Ana
Desde que a Ana passou a levar os meninos à escola a minha rotina alterou drasticamente. Consigo chegar ao trabalho mais cedo e depois tento chegar a casa um pouco mais cedo. Na sequência disso, conseguimos dar o banho e o jantar mais cedo aos miúdos. Depois eu leio uma história aos meninos e temos usado uma nova estratégia na hora de dormir. Adormecemos os miúdos em quartos separados, eu adormeço o Daniel e a Ana fica com a Margarida. Tem funcionado. Eles adormecem bem mais rápido e quando olhamos para o relógio a pensar que é meia noite ainda são 22 horas! Eles têm os horários perfeitamente ajustados ao dia-a-dia escolar e sobra mais tempo para nós. Daniel
Nos últimos tempos tudo mudou por causa das minhas novas rotinas. Por diversas vezes, é o Luís que leva o Miguel e o Dinis à escola, enquanto eu fico em casa a despachar-me (tomar banho, vestir) para ir para a farmácia estagiar. Ao fim do dia, quando chegamos a casa, enquanto o Luís dá atenção ao Miguel, seja a fazer desenhos ou a conversar com ele sobre o que aconteceu na escola, eu foco-me no Dinis. Dou-lhe banho e logo a seguir brinco com ele no quarto. Ao fim de semana, quando o Luís não está a trabalhar, aproveitamos para namorar um pouco enquanto os “pirralhos” dormem.
Ao completar um ano de vida o bebé traz para a família outros hábitos importantes. Estamos a ensinar o Rodrigo a lavar os dentes e isso fará parte da rotina do final do dia. Ele está a começar a dizer adeus às coisas. Dizemos adeus aos brinquedos antes de irmos para o quarto descansar. Isso são coisas que ele agora compreende melhor. De vez em quando telefonamos para os avós, ele gosta e diz-lhes: olá, adeus e manda beijinhos. Mas isso faz para toda a gente. É muito charmoso.
O Dinis começa a resistir às rotinas de sono: ora quer brincar e estar activo, ora dá sinais de estar perdido de sono. Fica mesmo dividido mas acaba por adormecer. Por norma faz a sesta após o almoço e quando percebemos que está cansado, dorme um pouco antes de jantar. Uma coisa é certa: a sesta é mesmo muito importante.
A minha ideia inicial era que a Margarida e o Daniel partilhassem um quarto, mas ultimamente o nosso pequeno tem tido noites muito agitadas por causa dos terrores nocturnos. Penso que será positivo tanto para um como para o outro que cada um tenha um quarto. Até ao final do ano vou organizar e preparar o espaço da Margarida. De certa maneira desisti da ideia de partilharem tudo, mas não totalmente. Estamos empenhados em ensinar ao Daniel que os brinquedos são dele e da irmã. Por outro lado, conversei com a pediatra e percebi que é preciso quebrar este ciclo das mamadas nocturnas… Quem sabe se ao ficar em quarto próprio, a Margarida não passa a dormir a noite inteira e torna-se mais independente. Vamos fazer figas!
Ao fim de semana, as rotinas mudaram. As nossas manhãs de sábado são, agora, mais especiais pois são manhãs de Dolce Far Niente.
A Margarida e o Daniel, assim que acordam, querem logo vir para a nossa cama. Ficamos deitados os quatros, tentando que o Daniel fique sossegado o máximo de tempo possível. Quando ele decide que quer levantar-se, aí eu não tenho outro remédio se não levantar e ficar com ele. Acima de tudo, estes são momentos de tranquilidade que desfrutamos em família. A mim sabem-me particularmente bem pois, durante a semana, as saudades vão-se acumulando. É sempre bom estar com a Ana e os nossos filhos.