Cá por casa, quando chega a hora de o Rodrigo dormir tentamos cumprir uma rotina: jantamos e, depois, procuramos acalmá-lo sem ecrãs nem estímulos que o excitem muito. Brincamos os três na sala e, a seguir, vamos para o quarto onde, todos os dias, lhe lemos uma ou várias histórias. O Rodrigo sempre precisou de nos ter por perto para adormecer. É assim até hoje.
Contam as minhas tias e os meus pais que, quando eu era pequeno, adormecia em qualquer lado. Chamavam pelo Hugo e lá estava ele a dormir a sestinha. Uma vez, devia ter a idade do Rodrigo, estava à mesa a jantar e simplesmente adormeci. O Rodrigo herdou de mim esse hábito. Sempre que se quebra a rotina do infantário ao almoço, adormece à mesa. Por vezes já come a pestanejar. Ao fim-de-semana o almoço não pode passar das 12h30, porque o resultado é uma sesta à mesa. Ainda hoje, sempre que posso, gosto de dormir a sesta depois do almoço.
O Dinis arranjou lugar cativo na escola. Tem a sua própria rotina: aceita ir ao nosso colo até à entrada da escolinha, mas depois quer logo ir para o chão e entrar com o irmão. Assim que chega, despe o casaco e coloca-o no cabide. Logo a seguir vai sentar-se no banco que é dele. Aquele tornou-se um lugar especial pois já toda a gente sabe - e acha piada – porque ele assume que é só dele. Certo é que, se por acaso, uma outra criança se senta lá, ele chega e reage dando-lhe uma palmadinha. Luís
Quando se tem filhos, muitas vezes, o decorrer do dia não acontece como se quer, mas como se pode. É preciso gerir as nossas frustrações e também as do nosso filho. Dou-vos um exemplo: no outro dia tivemos um jantar de família - o meu sobrinho do meio fazia anos -, mas quando estávamos a chegar ao restaurante o Rodrigo estava com sono. O Diogo teve, então, de ir dar umas voltas de carro para ver se ele adormecia pois, se não o fizesse, sabíamos que ele não iria estar capaz de estar no jantar. Estes compassos de espera acontecem quando temos coisas combinadas [risos]. Ana e Diogo
Ultimamente dou por mim a desejar que os dias passem rápido e a noite chegue depressa, pois sei que tenho ajuda. O Daniel passa muito tempo no trabalho, chega tarde a casa, muitas vezes depois da hora de jantar e isso deixa-me sobrecarregada não só com as tarefas de casa, mas também com estes dois pequenos índios que vieram animar - e de que maneira! - as nossas vidas. Às vezes, estou com o telemóvel na mão e tenho vontade de enviar uma mensagem ao Daniel pedindo-lhe para que não demore a chegar. No entanto, acabo por não lhe dizer nada pois sei que também é muito penoso para ele passar pouco tempo connosco. Quando o Daniel decidiu aceitar o novo trabalho estávamos conscientes de que esta gestão iria ser difícil.
Quando chega a noite e me deito, o Rodrigo adormece comigo na cama mas se me volto para o outro lado da cama, ele também se volta no mesmo sentido. Acredito que é por causa do meu cheiro, ele sente que a mãe está ali. Por este motivo gostava de tentar mudá-lo para o próprio quarto para ver se ele se adaptava e não ficava tão dependente do cheiro e do contacto da mãe. Até já cheguei a experimentar pôr uma camisola minha, quando ele está na cama, mas não resultou.
Quando foi com a Margarida este processo foi tão diferente, aos cinco meses ela já estava a dormir no próprio quarto. Acordava só uma vez durante a noite, e eu, claro, levantava-me, dava-lhe de mamar e voltava a deitá-la. Ela voltava a dormir, mas o Rodrigo é muito, muito diferente.
O Rodrigo está numa fase em que anda muito apegado à mãe e acorda muitas vezes durante a noite. Já falamos em pô-lo a dormir no próprio quarto, mas, sinceramente, ainda não estou a ver a Vera a deslocar-se ao quarto do Rodrigo três ou quatro vezes por noite… Ainda é mais confortável ter o berço no nosso quarto. É um processo progressivo. Talvez durante este Verão se faça a mudança.
É muito raro o Rodrigo dormir noites inteiras. Desde cedo percebemos que ele precisava muito do contacto connosco para se acalmar e adormecer. Por isso a opção pelo babywearing foi uma ajuda preciosa nos primeiros meses de vida. Hoje em dia a rotina de sono do Rodrigo passa por acordar perto das 08h00 ou 09h00 da manhã, fazer uma sesta de manhã perto das 11h00 e outra a seguir ao almoço - a qual por vezes pode "derrapar" para o final da tarde, quando vamos os dois passear perto de casa.
Depois do jantar, por volta das 21h30, é quando o levamos para o quarto e o tentamos adormecer. Nem sempre é fácil que durma nem que o faça durante muito tempo, às vezes acorda duas ou três vezes, ou mais, durante a noite!
Um dos truques que temos usado ultimamente é um difusor de óleos essenciais com Lavanda que colocamos a funcionar antes de o levar para o quarto, pois tem um efeito calmante. A verdade é que temos conseguido que durma mais noites seguidas ou com apenas uma interrupção o que é óptimo para o descanso dele e nosso também.
Não há margem para dúvida: os miúdos têm todos uma rotina. Quando saem do ritmo, que lhes é habitual, é um problema. Já reparei que se, por acaso, a Margarida não dorme bem, nem de manhã nem à tarde, fica instável ao longo do dia.
Por mais incrível que possa parecer, quando um bebé não dorme a tendência é achar que adormecerá a qualquer momento, mas isso não é bem assim. Por exemplo, com a Margarida acontece exactamente o contrário: se passou a hora de ela dormir, já não dorme mais. Fica muito chata, não quer lanchar nem jantar. No meio de tudo isto, eu vejo-me aflita pois ela só quer mama.
A mudança para esta casa obriga-me a fazer bastante exercício físico. Isto porque temos escadas. Qualquer coisa de que precise seja fraldas ou algum casaco para a Margarida ou para o Daniel tenho de ir lá acima onde estão os roupeiros e a maioria das coisas deles. Passo os dias, escada acima, escada abaixo. O mais chato é que, muitas vezes, quando já estou a descer as escadas, olho e vejo que me esqueci de algo e lá volto eu a subir degrau a degrau. Para além das escadas dentro de casa temos garagem. É lá que estaciono o carro, sempre que saio à rua com os meninos. Quando isso acontece tenho outras escadas à minha espera (risos) São umas escadas que, a partir da garagem, dão acesso ao interior da casa. Ando o tempo todo ora para cima ora para baixo. Mãe sofre! Ana