Quando acorda, o Dinis tem um hábito muito engraçado: chama insistentemente pelo pai. Muitas vezes, sai da nossa cama e vai a correr para a casa de banho à procura do Luís. Para minha surpresa, admito, o Dinis criou uma ligação muito forte com o pai desde muito pequenino. Quando o pai vai trabalhar ou às compras, ele chora – e não é pouco! Quando o Miguel era bebé chamava mais por mim e, por vezes, até rejeitava o colo do pai nos momentos quando precisava, por exemplo, de ir à casa de banho ou na hora do banho. É caso para dizer que o Miguel é mais menino da mamã e o Dinis é do papá.
A minha ideia inicial era que a Margarida e o Daniel partilhassem um quarto, mas ultimamente o nosso pequeno tem tido noites muito agitadas por causa dos terrores nocturnos. Penso que será positivo tanto para um como para o outro que cada um tenha um quarto. Até ao final do ano vou organizar e preparar o espaço da Margarida. De certa maneira desisti da ideia de partilharem tudo, mas não totalmente. Estamos empenhados em ensinar ao Daniel que os brinquedos são dele e da irmã. Por outro lado, conversei com a pediatra e percebi que é preciso quebrar este ciclo das mamadas nocturnas… Quem sabe se ao ficar em quarto próprio, a Margarida não passa a dormir a noite inteira e torna-se mais independente. Vamos fazer figas!
Quando chega a noite e me deito, o Rodrigo adormece comigo na cama mas se me volto para o outro lado da cama, ele também se volta no mesmo sentido. Acredito que é por causa do meu cheiro, ele sente que a mãe está ali. Por este motivo gostava de tentar mudá-lo para o próprio quarto para ver se ele se adaptava e não ficava tão dependente do cheiro e do contacto da mãe. Até já cheguei a experimentar pôr uma camisola minha, quando ele está na cama, mas não resultou.
Quando foi com a Margarida este processo foi tão diferente, aos cinco meses ela já estava a dormir no próprio quarto. Acordava só uma vez durante a noite, e eu, claro, levantava-me, dava-lhe de mamar e voltava a deitá-la. Ela voltava a dormir, mas o Rodrigo é muito, muito diferente.
O Rodrigo está numa fase em que anda muito apegado à mãe e acorda muitas vezes durante a noite. Já falamos em pô-lo a dormir no próprio quarto, mas, sinceramente, ainda não estou a ver a Vera a deslocar-se ao quarto do Rodrigo três ou quatro vezes por noite… Ainda é mais confortável ter o berço no nosso quarto. É um processo progressivo. Talvez durante este Verão se faça a mudança.
É muito raro o Rodrigo dormir noites inteiras. Desde cedo percebemos que ele precisava muito do contacto connosco para se acalmar e adormecer. Por isso a opção pelo babywearing foi uma ajuda preciosa nos primeiros meses de vida. Hoje em dia a rotina de sono do Rodrigo passa por acordar perto das 08h00 ou 09h00 da manhã, fazer uma sesta de manhã perto das 11h00 e outra a seguir ao almoço - a qual por vezes pode "derrapar" para o final da tarde, quando vamos os dois passear perto de casa.
Depois do jantar, por volta das 21h30, é quando o levamos para o quarto e o tentamos adormecer. Nem sempre é fácil que durma nem que o faça durante muito tempo, às vezes acorda duas ou três vezes, ou mais, durante a noite!
Um dos truques que temos usado ultimamente é um difusor de óleos essenciais com Lavanda que colocamos a funcionar antes de o levar para o quarto, pois tem um efeito calmante. A verdade é que temos conseguido que durma mais noites seguidas ou com apenas uma interrupção o que é óptimo para o descanso dele e nosso também.
O Rodrigo já dorme há algumas semanas na cama Montessoriana. Pusemos uns colchões ao lado pois tínhamos algum receio que ele caísse e se assustasse com a queda. A verdade é que ele ainda acorda bastante de noite e, muitas vezes, chora e quando o vamos ver está sentado fora da cama. Parece que andou a explorar o quarto, mas ainda a dormir. No outro dia fomos dar com ele a dormir na pontinha do colchão e lá conseguimos pegar nele sem o acordar e voltar a meter na cama “certa”. Está-me cá a parecer que cada noite vai ser uma verdadeira aventura com este rapaz. Quem tem aventureiros/as assim em casa?
Tenho recorrido a novas estratégias para ver se a Margarida começa a ter outras rotinas de sono, mas não tem sido nada fácil… Uma das coisas que fiz, há umas semanas, foi seguir uma teoria que defende que o bebé é colocado no berço, mas, caso chore, os pais só podem ficar perto, sem o levantar.
Tentei, e, de facto, só tenho uma coisa a dizer: os três primeiros dias foram terríveis, mas a Margarida acabou por adormecer!
No entanto, tudo aquilo pareceu-me muito violento - talvez até mais para mim do que para ela – e, por isso, ao fim do terceiro dia, desisti. Quando estou a deitar-me, a Margarida chora imenso e põe-se aos berros… e eu, aí, confesso-vos, choro e não é pouco. Enfim, para já, não há muito a fazer. Sei que não vou dormir tão cedo, e isso é muito frustrante. Custa muito.