O Rodrigo é uma criança cada vez mais autónoma. Há tarefas que ele gosta especialmente de fazer sozinho, como a escolha da roupa. Já tenta calçar os sapatos e gosta em especial de escolher as meias. Quando chega a hora de tomar banho também insiste em despir algumas peças de roupa. Ultimamente gosta de ser ele a colocar a mochila da escola dentro do carro e de subir para a cadeirinha onde viaja.
A Margarida arranja sempre maneira de fazer amizades estejamos em férias, num restaurante, no shopping ou no café.
É uma miúda extrovertida e brincalhona e assim que vê uma criança por perto não descansa enquanto não mete conversa. Num piscar de olhos, lá está ela a brincar e de mão dada com o novo amiguinho.
É uma tagarela: fala sempre muito com as crianças com quem se cruza e até mesmo com quem não diz rigorosamente nada. Perguntamo-nos se não falam porque não sabem ou porque a nossa filha não se cala. O meu palpite vai para a última hipótese.
Ver o crescimento dos nossos filhos é algo maravilhoso. Neste momento, eles já não são uns bebés e estão a descobrir o mundo e a formar as suas próprias personalidades. São tão pequenos, tão perfeitos, e tão diferentes.
O meu filho é mais introvertido do que a irmã, mais observador e atento. Diria até que é pacato. Já ela é sociável, afectuosa e mais temperamental. Notamos, por exemplo, que gosta de liderar e «tomar as rédeas» em qualquer situação.
Eu acho-a teimosa como o pai, mas o Daniel brinca imenso por ela ser mandona. Diz que ela é igual à mãe. Curiosamente, identificamos uma inversão de papéis quando estamos em casa: quando estão a brincar, a Margarida é submissa face ao irmão.
O Rodrigo sempre foi muito desenvolvido no que toca à linguagem e por isso, para já, a escola tem sido uma ferramenta importante sobretudo no desenvolvimento motor. Como lá têm um espaço exterior muito bom, todos os dias ele e os outros meninos vão à rua brincar, trepar e saltar. Noto-lhe uma evolução nesse campo. Está mais desenvolto quando dá saltos ou tenta dar uma cambalhota. É visível que tenta arriscar mais.
Ultimamente, o Dinis tem reagido aos momentos de frustração com mão leve. Bate em qualquer pessoa que esteja por perto. Isso acontece quando o irmão está a pintar ou brincar com legos. Ele aproxima-se deitando o jogo abaixo ou tirando-lhe as canetas. Na escola tem acontecido o mesmo. Foi-nos dito que ele bate em outros miúdos quando têm os brinquedos que ele quer. Ele responde levantando a mão e batendo. Quando o repreendemos, ele ri-se e continua a fazer mais. Parece-nos que ele acha que está numa brincadeira, e ainda não tem noção do bem e do mal. Vamos esperar que passe, e continuar a fazê-lo ver que essa não é uma atitude correcta. Zara e Luís
Nestes últimos meses temos verificado que o Dinis tem uma personalidade um pouco mais traquinas e rebelde. Procuramos não comparar os filhos, mas acabamos por fazê-lo sem o querer e, no que toca à rebeldia, o Dinis é muito mais agitado do que o irmão. Ele faz muitas asneiras e não cede às repreensões. Tem o hábito de abrir as gavetas, despejar as caixas dos brinquedos pela casa toda e no fim, com um ar maroto, chama-nos para irmos ver a asneira que fez. Às vezes é divertido, outras vezes torna-se cansativo. E, por vezes, o Miguel também fica chateado pois ajuda a arrumar as coisas que o irmão espalha. Pouco depois o Dinis volta a desarrumar tudo. Enfim, faz parte da idade. Luís
Por vezes torna-se complicado vestir o Dinis. Ora faz birra, esperneia ora grita. No entanto, quando se trata de vestir o casaco, tudo muda. Ele não só tenta perceber onde está como quer logo vesti-lo.
Apesar de ter um ano e meio, o Dinis já expressa de forma convicta a sua vontade, principalmente a vontade de dizer «não». Por vezes quando queremos regressar a casa, ao sair da escola, perguntamos-lhe se ele quer vir connosco e a resposta é esta…
Uma casa com duas crianças pequenas pode ser sinónimo de pouca arrumação. Nas últimas semanas tivemos uma ajuda extra do Dinis que só quer abrir as gavetas e tirar tudo para fora. O primeiro sinal é o silêncio prolongado. Quando isso sucede, eu e a Zara já sabemos que alguma diabrura nova está a acontecer. A confirmação dá-se quando o Dinis chega ao pé de nós e diz: «Já tá!».