Recuperar sem dor
Apesar de o Rodrigo ser um bebé grande e o parto ter sido natural estou a recuperar bem e já me mexo com facilidade.
Vera
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Apesar de o Rodrigo ser um bebé grande e o parto ter sido natural estou a recuperar bem e já me mexo com facilidade.
Vera
Na recta final da gravidez fomos surpreendidos com o diagnóstico de pré-eclâmpsia.
É muito importante estar atento aos sintomas e não adiar a ida ao hospital.
Hugo e Vera
Quando estive internada ajudei algumas mães a cuidar dos filhos. Umas eram mães de primeira viagem, outras tiveram bebés um pouco magrinhos. Houve muita entreajuda entre todas. Havia uma rapariga, a Andreia, que teve um menino chamado Afonso. Ajudei-a duas vezes a mudar a fralda ao filho e também na hora de amamentar, porque quando se deu a subida do leite ela começou a ficar com peito muito duro. Uma outra mãe, a Rita, quis dar água ao bebé no biberon e eu expliquei-lhe que isso não se fazia porque o leite materno tem tudo o que um bebé precisa.A Sónia teve um menino, o Martim que não queria mamar, ela estava mais frágil e começou a chorar. Acabei por lhe dar algum apoio. Não só o facto de ser mãe mas também bombeira faz com que o espírito de entreajuda esteja sempre presente em mim. Houve uma altura em que mal me levantava da cama e ainda estava bastante dorida do parto mas quis ajudar. É algo mais forte do que eu. Gosto muito de ajudar os outros.
Vera
Depois de seis dias de internamento no hospital chegámos a casa com o nosso príncipezinho. Começa aqui uma nova e doce viagem para todos nós.
Hugo e Vera
Fiquei muito comovida ao ver-te. Quando foi o nascimento da tua irmã Margarida não chorei. Lembro-me que estava muito contente por ela estar bem, mas não chorei. Desta vez, não sei o que me deu... Talvez tenha chorado ao ver-te pela primeira vez porque esta foi uma gravidez com vários percalços. Não sei… Sei que não consegui conter as lágrimas e dei por mim a chorar quando te puseram pele a pele comigo. Para nasceres houve um esforço grande, tive de fazer muita força, mas não deixei que a dor me dominasse. Sabia que se me concentrasse na dor ia ficar imediatamente descontrolada. Ignorei-a e foquei-me no acto em si: o teu nascimento. Fui uma mãe em apertos, mas muito consciente.
Vera
Não estava previsto ir ao hospital no dia em que o Rodrigo nasceu. De segunda para terça-feira já tinha começado a ter contracções, de 10 em 10 minutos. O Rodrigo mexia-se muito e o Hugo achou que devíamos ir ao Hospital. Eu achei que não era necessário. Contra a minha vontade, e satisfazendo os desejos do pai, lá fomos. Nos registos tive a indicação de que ele estava bem mas quando fui observada pela médica fiquei a saber que tinha de ficar internada. Decidiram que o melhor era induzir o parto. Voltei a insistir e a dizer à médica que me sentia bem e que estava capaz de voltar para casa e aguardar que viessem as contracções normais. Uma enfermeira disse-me, pouco depois, que a médica já me tinha dado comprimidos e o trabalho de parto ia acelerar. Eu não queria ficar internada por duas razões: não tinha as contracções ditas normais e, sobretudo, porque não me tinha despedido da minha Margarida. Desatei num choro… mas lá fiquei.
Vera
Eram 19h05, do dia 22 de Agosto, quando o nosso Rodrigo nasceu. Quando o viu, o Hugo disse: ‘Eh, cabritinho!’. Isto por ser um bebé grande. Eu, de certa forma, já estava à espera. Antes do parto, a minha aposta era que ele iria nascer com 4 quilos e medir 53 cm. Não errei por muito. Ele nasceu com 4.440 quilos e 52 cm. Pela maneira como se posicionava na minha barriga, eu tinha a percepção de que era um rapaz grande. Ele tinha 2.300 quilos às 32 semanas, acabou por nascer com 41 semanas e, portanto, não poderia ser pequenino. Ele é a alegria do nosso lar.
Vera
Quando a Vera entrar em trabalho de parto dada a minha situação profissional poderei estar a trabalhar no quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão como Segundo Comandante ou num outro local... Se estiver de serviço no Fundão tentarei arranjar uma forma de conseguir acompanhar a deslocação da Vera até à unidade hospitalar da Covilhã. Deus queira que seja na Covilhã! Mas se for num outro âmbito profissional, como elemento da força especial de bombeiros, não sei muito bem como é que vai ser... Se tudo calhar num dia em que esteja de trabalho efectivo não sei como vou conseguir estar em tempo útil no hospital e acompanhar o trabalho... Havemos de arranjar uma solução, isso é certo. Admito que, para mim, a verdadeira questão não é a do parto iminente. A minha principal preocupação são eventuais complicações durante o parto. Se for um parto normal, penso que não haverá grande problema, até porque a formação profissional que tivemos permite-nos fazer o parto sem grandes problemas.
Hugo