Nesta fase, o Rodrigo faz uma coisa muito engraçada: acorda a meio da noite para fazer uma retrospectiva de todas as pessoas que conhece. De olhos abertos começa a dizer o nome de cada um dos familiares. Diz o nome dos avós, tios, o meu e o do Diogo. Depois de fazer esta ‘ronda’ volta a adormecer. Às vezes também faz isto antes de adormecer, e aí até diz o nome de alguns dos nossos amigos. Chega a parecer um momento de meditação, que antecede o sono. Ana e Diogo
Quando chega a noite e me deito, o Rodrigo adormece comigo na cama mas se me volto para o outro lado da cama, ele também se volta no mesmo sentido. Acredito que é por causa do meu cheiro, ele sente que a mãe está ali. Por este motivo gostava de tentar mudá-lo para o próprio quarto para ver se ele se adaptava e não ficava tão dependente do cheiro e do contacto da mãe. Até já cheguei a experimentar pôr uma camisola minha, quando ele está na cama, mas não resultou.
Quando foi com a Margarida este processo foi tão diferente, aos cinco meses ela já estava a dormir no próprio quarto. Acordava só uma vez durante a noite, e eu, claro, levantava-me, dava-lhe de mamar e voltava a deitá-la. Ela voltava a dormir, mas o Rodrigo é muito, muito diferente.
Tenho recorrido a novas estratégias para ver se a Margarida começa a ter outras rotinas de sono, mas não tem sido nada fácil… Uma das coisas que fiz, há umas semanas, foi seguir uma teoria que defende que o bebé é colocado no berço, mas, caso chore, os pais só podem ficar perto, sem o levantar.
Tentei, e, de facto, só tenho uma coisa a dizer: os três primeiros dias foram terríveis, mas a Margarida acabou por adormecer!
No entanto, tudo aquilo pareceu-me muito violento - talvez até mais para mim do que para ela – e, por isso, ao fim do terceiro dia, desisti. Quando estou a deitar-me, a Margarida chora imenso e põe-se aos berros… e eu, aí, confesso-vos, choro e não é pouco. Enfim, para já, não há muito a fazer. Sei que não vou dormir tão cedo, e isso é muito frustrante. Custa muito.