Para manter a boa disposição dos mais pequenos, as sestas ao longo do dia também são importantes. O truque passa por perceber qual é o momento ideal para pôr o bebé a fazer o-ó.
A observação e a tentativa e erro muitas vezes ajudam os pais a perceberem a forma mais fácil de adormecer o bébé. Pode passar por começarem a prepará-lo para se deitar antes de aparecerem os sinais de sono habituais, como o bocejar e passar as mãos fechadas pelos olhos. Às vezes quando já está nessa fase pode acabar por ficar irritado com o próprio sono, e ter mais dificuldade em adormecer. Os bebés às vezes também precisavam de um update para corrigir estes erros de programação.
Mas como é que se antecipam sinais de sono? A estratégia pode passar simplesmente por não o deixar estar acordado muito mais do que uma hora e meia de seguida.
É curioso como por vezes quando os pais começam por tentar evitar aquelas rotinas muito regradas, e acabam por criar as suas próprias regras e rotinas, tudo flui naturalmente e se encaminha para umas boas horas de sono quer para os pais, quer para o bebé. Ter um quarto com um ambiente calmo, temperatura amena e mais escuro influencia positivamente a rapidez com que a criança adormece.
Hoje tivemos a “visita” de uma mãe habitual da nossa farmácia, e vinha muito bem acompanhada pelo seu filho de 5 anos, um utente assíduo de produtos para a dermatite atópica. Mas desta vez o motivo foi diferente. Tinha ido ao dermatologista porque tinha apanhado o molusco contagioso provavelmente na natação.
A mãe estava preocupada e por isso decidiu ir à farmácia para perceber o que era aquilo do molusco contagioso. Depois do atendimento estar concluído percebi que poderia ser um tema pertinente para abordar, uma vez que é frequente em crianças, mas pode aparecer também em adolescentes e adultos.
O molusco contagioso é uma manifestação de um vírus (Poxvirus) que infecta a pele. Transmite-se por contágio directo pele com pele, ou por partilha de objectos contaminados, como toalhas e esponjas de banho.
A dermatite atópica da criança poderá ter sido um factor de risco para a infecção. Todavia, há outros factores a ter em conta como o estado do sistema imunitário. Em indivíduos portadores do VIH ou transplantados que tomem imunossupressores o risco de contágio é maior.
O vírus demora duas a seis semanas a manifestar-se. Vêem-se lesões rosadas ou amareladas de pequeno diâmetro, parecidas em forma de bolha. Normalmente surgem no tronco, braços, pernas, pescoço ou genitais. É muito importante não coçar, uma vez que poderá fazer alastrar as lesões para outras zonas do corpo.
Quando se encontra numa zona de fácil contacto, por exemplo no braço, é conveniente que sejam cobertas com um penso impermeável para evitar o contágio. Para além dos cuidados habituais de partilha de objectos pessoais.
As lesões, numa pessoa imunocompetente, resolvem-se espontaneamente em cerca de dois meses, mas o vírus pode demorar seis a 12 meses a desaparecer por completo. A parte positiva é que não é habitual ficarem cicatrizes.
O tratamento deste vírus passa por limitar o alastramento das lesões e evitar o contágio a outras pessoas. Os métodos mais frequentes são: curetagem, crioterapia e laser.
Neste caso, o dermatologista optou pela curetagem. Nesse procedimento faz-se a remoção física da lesão, previamente anestesiada, com uma cureta.
A irritação na pele do rabinho do bebé pode dar lugar a bolhas e a fissuras, que se tornam dolorosas.
Por vezes a introdução dos sólidos na dieta do bebé pode ser provavelmente uma das causas da inflamação na pele. Os novos alimentos alteram a composição das fezes tornando-as mais agressivas para a pele do bebé.
Se o bebé ficar com a fralda molhada ou suja durante muito tempo vai favorecer o contacto prolongado com a urina e fezes sendo uma das causas para o aparecimento ou agravamento da inflamação e vermelhidão.
Cuidados básicos como a mudança frequente da fralda e lavagem com água tépida a cada muda. Devem evitar-se de todo os produtos com constituintes demasiado activos e as toalhitas com álcool e perfume, porque são agressivos para a pele sensível da bebé.
Após a lavagem reforço a importância de secar com uma toalha macia dando especial atenção às pregas, pois são um local onde há acumulação de humidade.
Para tratar a irritação e aumentar a protecção da zona da fralda procure usar uma pasta de água adequada.
A “técnica do copinho” é um método seguro de alimentar o bebé quando este se recusa a aceitar o biberon ou se pretende evitar a introdução precoce de tetinas.
Recorre-se também a esta técnica se o bebé não pode ser amamentado, ou no caso de ser necessário recorrer a suplementos de leite extraído, além da amamentação regular.
O copo é uma solução para a alimentação do bebé, com leite materno ou artificial.
Há especialistas em amamentação que defendem o uso do copinho em detrimento do biberon, porque não interfere com a adaptação e sucção na amamentação. O bebé controla a ingestão de leite, estimula os movimentos correctos do maxilar e língua favorecendo o posicionamento correcto para a amamentação, entre outros benefícios.
Como utilizar a técnica do "copinho"?
Lave as mãos
O bebé deve estar acordado e sereno
Coloque o bebé sentado ou semi-sentado, no colo
Aproxime o copinho dos lábios do bebé, mantendo o nível do leite apenas a tocar os lábios
O leite deve ser oferecido lentamente, com pausas, para facilitar a deglutição, devendo o bebé impor o ritmo da alimentação
Utilize um copo pequeno de vidro ou plástico, com bordos redondos.
Quando chega o momento de introduzir a alimentação sólida na dieta do bebé começa-se por substituir uma refeição de leite por uma sopa de legumes ou por uma papa.
Mas as opiniões dividem-se na altura de escolher a papa a dar ao pequeno.
Se por um lado há quem defenda que as papas feitas em casa são mais saudáveis porque não precisam de açúcar e sal adicionados (que melhoram o sabor, a textura e a validade), por outro lado, há quem defenda que por vezes ocorrem faltas de alguns nutrientes quando a alimentação caseira não é variada o suficiente para o desenvolvimento da criança (p.ex. em casos de subnutrição infantil).
Cada porção de papa de pacote, para uma refeição do bebé, possui o equivalente a um pacote de açúcar (dos café). Se pararmos para pensar na quantidade de açúcar que um bebé pode ingerir se comer uma papa destas por dia…
Hoje em dia os pais já têm à disposição uma grande variedade de papas industriais, elaboradas à base de grãos integrais, sem adição de açúcar ou com menos 40% de açúcares adicionados.
Nos passeios e viagens, ou na impossibilidade de preparar em casa, quando escolher uma papa de pacote deve ter em conta, sobretudo, a quantidade de açúcar e de sal.
A quantidade de açúcar deve ser inferior a 20 por cento do total de calorias. Por exemplo, em 100 g de produto, o valor de hidratos de carbono, dos quais açúcares deve ser inferior a 20 g.
Existem 2 tipos de papa: a papa não láctea, preparada com leite, e a papa láctea, preparada com água, pois já contém leite.
Se optar por papas caseiras há uma grande variedade de receitas nos livros e blogs dedicados à nutrição infantil.
É muito importante que as papas de início não tenham glúten (para prevenir possíveis reacções de intolerância). O glúten só deve ser introduzido a partir dos sete meses.
Ouve o seu filho a ranger os dentes durante o sono?
O bruxismo é um distúrbio bastante frequente na infância, caracterizado pelo apertar e ranger dos dentes.
A tensão provocada nos músculos e articulações dos maxilares pode provocar dor de cabeça e o desgaste dos dentes. Acaba por afectar a sua integridade e comprometer a saúde oral.
Nas crianças é comum o bruxismo estar associado a obstrução nasal e queixas respiratórias, resultantes de hipertrofia das amígdalas e adenóides.
É normal que ocorram alterações de comportamento e atenção. O diagnóstico é feito em consulta de medicina dentária. O bruxismo nocturno pode ser controlado mediante o uso de uma goteira de relaxamento colocada na boca. A goteira vai proteger os dentes e reduzir a actividade muscular, evitando o contacto entre os dentes (protegendo o esmalte).
É aconselhável criar hábitos de relaxamento antes de a criança dormir, porque além de deixar os miúdos mais calmos, ajuda a criar uma rotina familiar mais zen:
-Tomar um banho quente
-Ouvir música calma
-Ler uma história ou livro
-Evitar actividades estimulantes
Apesar de o bruxismo ocorrer principalmente durante a noite, pode acontecer durante o dia. Neste caso, está, normalmente, associado ao stress e ansiedade. Por isso converse com a criança para perceber medos e ansiedades, ajudando-a a lidar com os problemas.
É frequente ao balcão da farmácia, os pais esclarecerem dúvidas com o farmacêutico de família, acerca dos parasitas intestinais.
Há diferentes tipos de parasitas intestinais, que podem entrar no corpo através do nariz, da pele, dos alimentos, da água ou picadas de insetos. Os mais comuns em Portugal são os Oxiúrus (Enterobius vermicularis) e as populares lombrigas (Ascaris lumbricoides).
A infestação pode ocorrer em qualquer idade mas é mais comum em idade escolar.
Como se transmitem?
A principal forma de contaminação é a via fecal-oral a partir da água ou de alimentos contaminados. Podem também ser transmitidos através de animais de estimação.
Os parasitas instalam-se no intestino, depositam os ovos na margem do ânus e esses ovos podem depois ser disseminados através das mãos, brinquedos ou outros objectos contaminados.
Quando uma criança entra em contacto com outra que está infectada e leva as mãos à boca, os ovos dos parasitas entram no organismo através do aparelho digestivo.
Quais são os sintomas?
É comum a criança ter muita comichão na zona perianal, andar irritada e ter insónias. Estes parasitas podem causar perda de peso, dor abdominal, náuseas, diarreia e febre, entre outros sintomas. Deve consultar o médico em caso de sintomatologia.
Como prevenir ou evitar uma reinfestação?
Em casa devemos explicar aos mais pequenos a importância de lavar as mãos. A preparação adequada dos alimentos, lavagem de frutas e vegetais, evitar a carne ou o peixe mal cozinhados é outra forma de prevenção. Ao desparasitar o seu animal de estimação estará também a proteger a sua família.
Devo desparasitar o meu filho todos os anos?
Só devemos desparasitar crianças e adultos quando há sintomas ou contacto directo com algum dos parasitas. É importante referir que as desparasitações sistemáticas além de não evitarem novas infecções podem desenvolver resistência aos medicamentos antiparasitários, impedindo que sejam eficazes quando realmente necessários.
No regresso às aulas recebemos as boas vindas e ao fim de alguns dias, por vezes a seguinte missiva “Verificámos a existência de crianças com piolhos e lêndeas na nossa escola”.
Nós, pais com filhos a frequentar a escola, recebemos com alguma frequência este tipo de notificações ao longo do ano escolar: costumo até dizer em brincadeira que a escola é o paraíso dos piolhos.
Este micro bicho passeia de cabeça em cabeça quando estas se aproximam e encostam durante aqueles trabalhos de grupo ou, sejamos realistas: durante aquelas sessões de jogos de consolas ou telemóveis, e em brincadeiras como a habitual do salão de cabeleireiro.
Ah! E não nos esqueçamos daquele hábito de pendurar mais de um casaco ou chapéu num só cabide…
Se não receber a missiva informando a existência deste insecto na escola, é aconselhável de vez em quando reunir os míudos e proceder a uma inspecção à cabeça de cada um.
Comece por procurar atrás das orelhas e na nuca (os sítios preferidos dos piolhos). Para ter a certeza que não há piolhos ou lêndeas, passe um pente apropriado (daqueles com os dentes muito finos) nos cabelos da criança, madeixa a madeixa, passando de seguida o pente num lenço de papel branco para visualizar a presença ou não deste parasita.
Se não houver vestígios de invasores, lave o cabelo com um champô preventivo à base de óleos essenciais, que servem como repelente natural.
Hoje em dia há produtos na farmácia para tratar e prevenir os piolhos, não é preciso sujeitar os miúdos ao tradicional banho desagradável com vinagre.
Explique à criança por que não deve partilhar com os amiguinhos os objectos pessoais como roupa, chapéus, bandoletes e não encostar a cabeça aos colegas durante os trabalhos de grupo ou durante as brincadeiras.
Em casa cada um deve ter a sua escova, a sua toalha e a sua almofada: o que se gasta em roupa extra para lavar compensa-se em menor probabilidade de se espalharem os piolhos pela miudagem toda.
Verifique os lençóis e as almofadas, para ter a certeza que não há famílias indesejadas.
Os sofás, as cadeirinhas e os bancos do carro também devem ser alvo de uma inspecção e aspiração. Tudo isto porque basta sobreviver um único piolho para que a praga aconteça.
As roupas devem ser lavadas a 60ºC e os objectos que não se podem lavar devem ficar três dias fechados num saco de plástico.
Por vezes em conversa com as professoras percebo que os recados que enviam para casa não são suficientes para resolver esta epidemia, e que a situação ideal seria todos os pais começarem a fazer o tratamento aos filhos ao mesmo tempo.
Aconselho as professoras, auxiliares e educadoras a terem sempre o cabelo apanhado, porque a probabilidade de apanharem piolhos é menor.
Outro aspecto importante é a necessidade de combater também o próprio preconceito porque, ao contrário dos humanos, os piolhos não são preconceituosos e não fazem a distinção entre cabeças sujas e lavadas.
Os piolhos não voam, tão pouco saltam … mas sabem nadar!
Por isso é tão importante seguir a regra da touca quando se retoma as aulas de natação.
Outro ponto importante, quando aparece um piolho toda a família deve fazer o tratamento ao mesmo tempo e segui-lo à risca.
E, por favor, deixe-se o preconceito de lado e informem-se as professoras que sim, até o nosso filho fofinho apanhou um piolhito. Ninguém o vai interditar ou colocar de quarentena, e conseguimos melhor cuidar da saúde dos nossos filhos.
E já sabe, em caso de dúvida pergunte ao seu farmacêutico de família.
Nesta altura do ano somos invadidos por uma bipolaridade de sentimentos, que passo de imediato a explicar.
Em plenas férias ou final delas para algumas famílias, somos invadidos, ainda de chinela no pé e cheirinho a protector solar na pele, por mega campanhas de regresso às aulas.
Há toda uma panóplia de material escolar para comprar, organizado por cores e bonecada nas prateleiras dos hipermercados e lojas afins, revestido com a parangona da poupança.
Depois de algum tempo de reflexão sobre este fenómeno do regresso às rotinas, o primeiro passo a dar antes de gastar um cêntimo é arrumar, escolher o que se pode aproveitar do ano anterior para o novo ano. Reciclar e poupar pode ser o mote da preparação do regresso à escola.
Se não precisamos das “tralhas”, fica aqui a sugestão de doar e se estiver em mau estado coloca-se nos contentores de reciclagem.
Envolver os mais pequenos no destralhe é uma oportunidade para explicar-lhes que se pode poupar quando reaproveitamos. Assim fica mais fácil de perceberem o porquê de resistir à compra de mais uma mochila, de mais estojo, de canetas e lápis bonitos com o boneco X ou Y.
Façam uma inspeção às mochilas e a todo o material escolar que se pode reaproveitar de um ano para o outro, incluindo entre irmãos, primos e amigos.
Hoje em dia as crianças estão mais sensibilizadas para as causas ambientais e para a importância da reciclagem, por isso vamos aproveitar!
A estratégia pode passar além do material escolar pelo vestuário, os brinquedos, a reorganização do quarto, incluindo o espaço de estudo.
Andamos anos a acumular “tralha” que nem chega a ver a luz do dia.
Muito soro para lavar o nariz e um anti-histamínico de toma oral podem ajudar a enfrentar as crises alérgicas, nariz ora entupido ora a pingar, e os espirros em catapulta provocados pela quantidade de pó e ácaros que se enfrenta assim que se começa a fazer arrumações.
Se tem sugestões de destralhe, partilhe com a sua farmacêutica.
Chega a hora de preparar o saco para levar para a praia e além das toalhas, baldes e do moinho de praia o que não pode faltar é:
Protector solar adequado ao tipo de pele.
Spray de água termal para pulverizar rosto e corpo de toda a família, as vezes que for necessário. Vai ajudar a aliviar e acalmar a pele deixando-a hidratada. É adequada a todos os tipos de pele. Depois de aplicar deixe actuar sem remover o excesso.
Pack de toalhetes hipoalergénicos e sem álcool para limpeza da pele.
Tampões auriculares para impedir o contacto com a água durante os banhos de mar.
Pulseira repelente mosquitos, com essência de citronela, que fornece uma proteção natural contra os mosquitos (se for para locais onde há proliferação deste insecto).
Chapéu de sol com abas e óculos de sol.
Um cantil com água porque vamos deixar as garrafas de plástico de lado e contribuir para acabar com a poluição nos oceanos, ao mesmo tempo que reforçamos a hidratação das crianças oferecendo água com regularidade.
E lembre-se que a praia é um local saudável se evitarmos as horas de maior radiação ultravioleta, entre as 11h00 e as 17h00.