A Margarida adora jogar aos nomes e aos animais e, agora, joga com o Rodrigo. Um diz o nome de um animal e o outro tem de dizer outro, quem repetir perde. Outro jogo que adoram é a Margarida a perguntar nomes da família ao Rodrigo. São sempre bons serões e momentos de diversão em família.
Ver o crescimento dos nossos filhos é algo maravilhoso. Neste momento, eles já não são uns bebés e estão a descobrir o mundo e a formar as suas próprias personalidades. São tão pequenos, tão perfeitos, e tão diferentes.
O meu filho é mais introvertido do que a irmã, mais observador e atento. Diria até que é pacato. Já ela é sociável, afectuosa e mais temperamental. Notamos, por exemplo, que gosta de liderar e «tomar as rédeas» em qualquer situação.
Eu acho-a teimosa como o pai, mas o Daniel brinca imenso por ela ser mandona. Diz que ela é igual à mãe. Curiosamente, identificamos uma inversão de papéis quando estamos em casa: quando estão a brincar, a Margarida é submissa face ao irmão.
A Rita entrou este ano para a universidade e foi para Vila Real, por isso, estamos menos vezes todos juntos. Os meninos falam muito da mana Ritinha e dão beijinhos nas fotografias dela. Sentem a falta da irmã. Quando ela está, aproveitamos o tempo muito bem.
Apesar de ser uma fase de mudança –nova sala e novos amigos – o regresso à escola está a ser vivido com tranquilidade. A Margarida e o Daniel adoraram voltar às aulas. Ela mal entra no carro faz o relato do dia e a primeira coisa que me diz é que brincou muito com os amiguinhos. Dizem-nos que ela é muito bem-comportada e sempre a primeira a ajudar nas tarefas da escola, inclusive quando é hora de arrumar a sala.
O Dinis e o Miguel gostam muito de andar em tudo o que implique movimento e som. É natural! O som e o movimento trazem-lhes felicidade. Por isso, de vez em quando procuramos locais onde possam usufruir de comboios de brincar, bolas gigantes e giratórias, rodas gigantes, carrosséis. Nisso temos muita sorte, porque Portimão tem sempre feirinhas de Verão e Inverno que nos brindam com esse tipo de diversões.
A relação do Rodrigo e da Margarida é muito boa. Têm uma grande afinidade. Quando a Margarida sai, ele pergunta: “a mana?”. Se ela por acaso for dormir à minha mãe, o Rodrigo passa o tempo a perguntar pela mana. É um amor infinito. Mas também já começaram a fase do gato e do rato. Mais o Rodrigo: é mais travesso. Arranha-a, apanha-lhe o cabelo… Ela tenta gerir. Tem muita calma. Não lhe bate, é bastante pacífica. Pede-lhe para não fazer aquilo. Depois, eu digo: Rodrigo pede desculpa à mana. E ele derrete-se em beijos. Ela derrete-se com os beijinhos e com os abracinhos dele e pronto, passa logo. Comportamento gera comportamento. Se ela começar a bater, ele continua e então andamos aqui em grandes birras e batalhas navais, e não é isso que se pretende.
Com esta idade, a Margarida era mais autónoma a nível da linguagem do que o Rodrigo. Com pouco mais de um ano dizia tudo. Mas no comportamento são bastante parecidos. A Margarida também o estimula e provoca. Ele quer fazer tudo o que a irmã faz. Agora adora fazer exercício físico e tudo serve para isso. Se a Margarida dá uma cambalhota, ele dá também. E sem medo. É bastante aventureiro.
Por norma, os miúdos não tomam banho juntos. Mas às vezes é difícil que um deles vá para a banheira. A forma de os convencer é dizer que vão ao mesmo tempo. É uma animação para eles e até se ajudam. A ideia de que assim se poupa tempo e recursos vai, literalmente, por água abaixo.