A Margarida adormece rapidamente e dorme a noite toda. Bebe o leite deitada, na cama, e mal termina, fecha os olhos e dorme. Parece mentira, mas não é. Só se estiver doente ou com algum dentinho a rebentar é que acorda durante a noite. Geralmente, é a última a acordar cá em casa. A miúda é dorminhoca!
Desde que a Ana passou a levar os meninos à escola a minha rotina alterou drasticamente. Consigo chegar ao trabalho mais cedo e depois tento chegar a casa um pouco mais cedo. Na sequência disso, conseguimos dar o banho e o jantar mais cedo aos miúdos. Depois eu leio uma história aos meninos e temos usado uma nova estratégia na hora de dormir. Adormecemos os miúdos em quartos separados, eu adormeço o Daniel e a Ana fica com a Margarida. Tem funcionado. Eles adormecem bem mais rápido e quando olhamos para o relógio a pensar que é meia noite ainda são 22 horas! Eles têm os horários perfeitamente ajustados ao dia-a-dia escolar e sobra mais tempo para nós. Daniel
Inicialmente tínhamos inscrito o Rodrigo numa creche, mas, entretanto, o proprietário vendeu o edifício e a creche deixou de existir. Acabámos por contratar uma ama para estar em casa. Como seguimos a filosofia Montessori costumamos indicar um conjunto de actividades para o Rodrigo fazer durante o dia, de forma livre e sem grande exigência de horários como é costume acontecer numa creche. Por outro lado, ao ficar com a ama em casa ele não fica tantas vezes doente. Uma coisa essencial é o Rodrigo ir todos os dias à rua ao parque ou dar um passeio. No período da manhã, que é quando temos uma pessoa a cem por cento dedicada a ele, as actividades são mais estruturadas enquanto à tarde ele fica mais à vontade. Por exemplo, a Adriana pode estar na cozinha e o Rodrigo fica junto a ela na torre de aprendizagem. Isso permite-lhe ver como é que os legumes são cortados, entre outras tarefas. Ana e Diogo
Quando se tem filhos, muitas vezes, o decorrer do dia não acontece como se quer, mas como se pode. É preciso gerir as nossas frustrações e também as do nosso filho. Dou-vos um exemplo: no outro dia tivemos um jantar de família - o meu sobrinho do meio fazia anos -, mas quando estávamos a chegar ao restaurante o Rodrigo estava com sono. O Diogo teve, então, de ir dar umas voltas de carro para ver se ele adormecia pois, se não o fizesse, sabíamos que ele não iria estar capaz de estar no jantar. Estes compassos de espera acontecem quando temos coisas combinadas [risos]. Ana e Diogo
Ultimamente dou por mim a desejar que os dias passem rápido e a noite chegue depressa, pois sei que tenho ajuda. O Daniel passa muito tempo no trabalho, chega tarde a casa, muitas vezes depois da hora de jantar e isso deixa-me sobrecarregada não só com as tarefas de casa, mas também com estes dois pequenos índios que vieram animar - e de que maneira! - as nossas vidas. Às vezes, estou com o telemóvel na mão e tenho vontade de enviar uma mensagem ao Daniel pedindo-lhe para que não demore a chegar. No entanto, acabo por não lhe dizer nada pois sei que também é muito penoso para ele passar pouco tempo connosco. Quando o Daniel decidiu aceitar o novo trabalho estávamos conscientes de que esta gestão iria ser difícil.