Papas, com ou sem açúcar?
Papas, com ou sem açúcar?
Quando chega o momento de introduzir a alimentação sólida na dieta do bebé começa-se por substituir uma refeição de leite por uma sopa de legumes ou por uma papa.
Mas as opiniões dividem-se na altura de escolher a papa a dar ao pequeno.
Se por um lado há quem defenda que as papas feitas em casa são mais saudáveis porque não precisam de açúcar e sal adicionados (que melhoram o sabor, a textura e a validade), por outro lado, há quem defenda que por vezes ocorrem faltas de alguns nutrientes quando a alimentação caseira não é variada o suficiente para o desenvolvimento da criança (p.ex. em casos de subnutrição infantil).
Cada porção de papa de pacote, para uma refeição do bebé, possui o equivalente a um pacote de açúcar (dos café). Se pararmos para pensar na quantidade de açúcar que um bebé pode ingerir se comer uma papa destas por dia…
Hoje em dia os pais já têm à disposição uma grande variedade de papas industriais, elaboradas à base de grãos integrais, sem adição de açúcar ou com menos 40% de açúcares adicionados.
Nos passeios e viagens, ou na impossibilidade de preparar em casa, quando escolher uma papa de pacote deve ter em conta, sobretudo, a quantidade de açúcar e de sal.
A quantidade de açúcar deve ser inferior a 20 por cento do total de calorias. Por exemplo, em 100 g de produto, o valor de hidratos de carbono, dos quais açúcares deve ser inferior a 20 g.
Existem 2 tipos de papa: a papa não láctea, preparada com leite, e a papa láctea, preparada com água, pois já contém leite.
Se optar por papas caseiras há uma grande variedade de receitas nos livros e blogs dedicados à nutrição infantil.
É muito importante que as papas de início não tenham glúten (para prevenir possíveis reacções de intolerância). O glúten só deve ser introduzido a partir dos sete meses.
Luísa Leal, Farmacêutica
www.afarmaceutica.pt