Cá em casa não somos apologistas de horários muito rígidos. Acima de tudo, preocupamo-nos em perceber qual é o estado de espírito do nosso filho. No outro dia, por exemplo, lanchámos tarde pois resolvemos comer panquecas. Achámos por isso que o Rodrigo não iria jantar muito, mas enganámo-nos. (risos) Ele comeu sopa e dois pratos! Às vezes os miúdos querem comer, outras vezes não e, ainda assim, está tudo bem. Quando percebemos que não é obrigatório comerem determinadas quantidades a horas certas, relaxamos. E eles acabam por aproveitar a comida de uma outra maneira.
O Rodrigo é uma criança cada vez mais autónoma. Há tarefas que ele gosta especialmente de fazer sozinho, como a escolha da roupa. Já tenta calçar os sapatos e gosta em especial de escolher as meias. Quando chega a hora de tomar banho também insiste em despir algumas peças de roupa. Ultimamente gosta de ser ele a colocar a mochila da escola dentro do carro e de subir para a cadeirinha onde viaja.
O Dinis continua muito preguiçoso à hora das refeições, em especial quando está em casa. Já mastiga melhor, mas só o faz quando realmente gosta da comida. Por norma é sempre muito difícil dar-lhe o almoço e o jantar pois ganhou o hábito de rejeitar tudo o que lhe damos para comer. Como ainda mama penso que é por isso que, quando está connosco, rejeita os sólidos. Na escola, as refeições já são temperadas e isso faz com que coma melhor. Curiosamente e no que toca aos doces, o Dinis come muito bem! Quando há festas de aniversário na escola come tudo o que vê! A educadora de infância e as auxiliares até ficam admiradas com o apetite que ele revela quando há bolo ou outro tipo de doces.
Ser pai ou mãe exige de nós capacidades físicas redobradas. Lembro-me de na altura em que o Rodrigo iniciou a amamentação andava com as costas muito doridas porque passava muito tempo com ele ao colo. Agora estamos a atravessar uma fase em que ele gosta bastante de colo e isso não ajuda muito aqui nas cruzes (risos)! No entanto, como ele já anda acaba por ser menos exigente fisicamente. Nos primeiros meses de vida, embora pesasse menos, era um peso constante. Por exemplo, quando andávamos a passear tínhamos de nos ir revezando porque já nos custava transportá-lo. A fase que se avizinha também será desafiadora pois vamos passar a transportá-lo mais vezes às costas e não tanto ao colo. Ana e Diogo
O Dinis ainda gosta e procura muito pelo meu colo. A toda a hora quer mimos, especialmente quando estou a preparar o pequeno-almoço ou estou ao telefone. É um menino muito chorão. Requer muita atenção minha. Como ainda mama - e muito - acho que isso faz com que seja um bebé mimado. Busca sempre «colinho». Lembro-me que o Miguel também tinha este comportamento e, mesmo quando fez o desmame aos 23 meses, continuou a ser muito ligado a mim. Quando nasceu o Dinis é que ele começou a procurar mais a atenção do pai.
O dia do Pai está a chegar. Para mim, ser pai é uma grande responsabilidade. Quando olho para os nossos filhos vejo duas crianças em constante crescimento e formação. Procuro transmitir-lhes o que penso ser o melhor para o futuro deles: sentido de responsabilidade, segurança, amizade, solidariedade e companheirismo. São estes os valores que no dia-a-dia tento que assimilem, embora nem sempre seja tarefa fácil. Acima de tudo sinto que ser pai é uma aprendizagem contínua, uma troca. Os filhos também ensinam muito aos pais e também eles nos fazem crescer e amadurecer.
O nosso filhote está numa fase muito egocêntrica. Todos os dias, a seguir ao jantar, pede-nos para ver «o bebé». Na verdade, o que ele quer é ver-se a ele próprio em fotografias e também em vídeos. E quando se ouve a falar, repete as palavras. De certa maneira parece gostar de reviver esses momentos já que, depois de ver as imagens e as fotografias, volta a relatar as situações que viveu. Tal como já acontecia há uns meses, continua a gostar muito de cumprimentar as pessoas e dar beijinhos. Ana e Diogo
Nas últimas semanas o Rodrigo deu um grande salto na forma como se expressa, passando a fazer "frases" com as palavras que tem aprendido. Gosta muito de dizer os nomes todos da família (O Lu, a Nana, a Tia) e também contar o que vê e fez. Esta fase é engraçada porque também já faz ligação entre números e pessoas ou objectos. Começa a ter vontade de contar - agora diz muito "dois Nanas" que na linguagem dele quer dizer "duas avós". Também tem piada porque ainda não sabe dizer a letra "C", que substitui por "T" então diz muitas palavras como "tolo" (colo) ou "tarro" (carro). Vê-se que gosta muito de interagir com pessoas e já percebeu que a linguagem é um bom caminho para chegar a cada um de nós.
Há um ano o Rodrigo começou a introdução à alimentação complementar. Foi um período muito engraçado de muita experiência nova e aprendizagem, tanto para ele como para nós. Um ano passou e começou a comer sozinho. Muitas vezes está a comer a sopa e pede para comermos também, como se fôssemos o "exemplo a seguir". Isso leva-nos a perceber que ele está muito atento a tudo o que fazemos e somos de facto o exemplo dele. Portanto nada melhor do que comer bem, respeitar o momento à mesa, aproveitar para contarmos por exemplo como foi o nosso dia. Este momento a três fortalece a relação como família. E sim, todos temos que comer a sopa.