O Rodrigo tem umas pestanas lindas e compridas. Aprendeu bastante cedo a piscar o olho, quando lhe pedíamos para fazer olhinhos. Agora já sabe piscar só um, e usa bastante o seu ar de gato. Mete-se com as pessoas na rua, na natação… Se o repreendemos por algum motivo, a primeira coisa que faz é piscar-nos o olho.
Ser mãe é viver todos os dias a mil à hora tentando, a todo o custo, dar aos meus filhos o máximo de atenção proporcionando-lhes muitos momentos de brincadeira e aprendizagens novas.Ser mãe é ter tempo para prestar os cuidados mais básicos aos meus filhos (banho, ajudar a vestir, auxiliar nas refeições, cuidar quando adoecem, amamentar) mas, sobretudo, fazê-los felizes no mundinho deles onde nascem autênticos piratas, heróis da plasticina, castelos de legos e torneios de futebol.
Ser mãe é preocupar-me com o meu bem-estar físico/emocional para transmitir aos meus filhos uma vida harmoniosa e pacífica.Como mãe tornei-me uma pessoa muito mais tolerante e compreensiva. Mas, sobretudo, muito mais consciente no que diz respeito às regras familiares e à educação parental. Amo ser Mãe, é a minha profissão.
Estou muito feliz com a nossa família. Tem sido mesmo muito bom ser pai do Rodrigo. Sempre desejei ter filhos e, de facto, nestes últimos meses tenho sentido uma felicidade extrema por ser pai. Não imaginava que fosse assim tão bom... As memórias que já construímos já são tantas e só passaram ainda quatro meses… Às vezes, dou por mim a ver fotografias e vejo que já fizemos tanta coisa. Eu e a Ana funcionamos muito bem em conjunto. É uma sinfonia que decorre naturalmente. Tenho sentido que a parentalidade tem corrido de forma muito suave e muito, muito positiva. Agora, até brinco com os meus amigos e digo-lhes para eles também terem filhos para o Rodrigo crescer com amigos.
Ando uma verdadeira chorona. À mínima coisa comovo-me. Até a falar. Comovo-me ao ler uma mensagem de telemóvel da minha mãe ou do meu irmão, emociono-me com uma visita inesperada de alguém…Comovo-me com o facto da minha vizinha me fazer uma surpresa e aparecer para conhecer o Rodrigo. Enfim, comovo-me com as pequenas coisas... é próprio do pós-parto. Tudo isto é um motivo de alegria. Sim, por vezes, o choro também é de alegria. Acho que é esse o caso.