Passar por uma depressão pós-parto foi importante. Tornei-me outra pessoa como mulher e mãe. Por exemplo, sinto que consigo lidar melhor com problemas e/ou momentos de discussão. Costumava dizer que, entre nós os dois, o Luís era o mais sensato e sabia lidar melhor com os momentos mais stressantes da vida de pais. Mas, neste momento, acho que isso se inverteu. Continuo a fazer co-sleeping com os miúdos e isso faz com que o Luís durma no sofá ou na cama do Miguel. Como acaba por dormir pior fica com menos paciência e tolerância. É uma fase. Zara
Já está afastado o quadro clínico de depressão. O médico já me disse que a depressão em si está curada, no entanto, tenho de continuar a fazer medicação durante um ano para não reincidir os sintomas da depressão. Este quadro depressivo surgiu porque tive dois meses sem dormir e, portanto, isso acabou por me desgastar bastante. A nível psicológico foi perturbador porque cá em casa o Luís e os meninos dormiam, mas eu não. Agora sinto que já consigo cuidar deles, que era algo que não conseguia. Sinto-me capaz de tratar da casa, cozinhar, sair, estar com amigos, fazer a minha vida normal, passear. Vou voltar ao ginásio, mudei de visual. A minha ideia é perder peso, já perdi algum e quero continuar.
Na recta final da gravidez aconteceu algo que não prevíamos: diagnóstico de depressão pós-parto. As crises de ansiedade e o medo de que algo de mal acontecesse ao Dinis trouxeram a exaustão psicológica.