Aos fins-de-semana, jogamos ao Monopólio e reservamos sempre um tempinho para colar cromos nas cadernetas. O Miguel está a fazer a caderneta dos Angry Birds 2 e a do Futebol 2019-20. É claro que o Dinis pede sempre a nossa atenção nestas actividades e, muitas vezes, pega nas notas do Monopólio e amachuca-as, ou atira os cromos pelo ar. É normal. Ainda é muito pequenino e quer a atenção toda para ele.
Este ano, Portimão foi invadido pela magia natalícia. Toda a cidade está engalanada. Visitámos a casa do Pai Natal com os miúdos. O Dinis ficou encantado por estar ao colo do Pai Natal. Pediu-lhe um bebé para brincar. Gostaram muito de tirar fotografias depois de experimentar a loucura do comboio de Natal e do trenó no carrossel. O Dinis adorou ver as luzes da árvore. Foi maravilhoso vê-lo aos saltinhos, a dançar com o irmão ao som das músicas natalícias. Ah! E havia por ali uns duendes que gostaram de falar com o Dinis.
Desmamar o Dinis não foi nada fácil. Acho que nós, mães, sem querer acabamos sempre por proteger mais um bocadinho o filho mais novo. Tentei tirar-lhe a mama várias vezes até conseguir: no final de Maio, em Setembro e em Novembro. Voltei a amamentá-lo porque o Dinis adoeceu com otites e constipações. Como se recusava a comer e estava a tomar antibióticos, queria protegê-lo com o meu leite. Mas, em Novembro, fiz análises e percebi que estou com défice de ferro e de ácido fólico por causa da amamentação, por isso, resolvi fazer o desmame de vez.
Este Natal surgiu a ideia de fazer algo diferente nas decorações de Natal. Para entreter o Dinis e o Miguel nos dias frios e chuvosos, decidimos fazermos uma árvore de Natal caseira. Assim, com vários materiais e muitos recortes e pinturas, fizemos uma árvore original. Eles ficaram muito felizes e orgulhosos.
O Rodrigo tem um triciclo que já era da Margarida, mas não lhe liga nenhuma. Prefere andar numa mota que lá tem e mais recentemente pede para andar na "cicleta da mana”.
A educação parental é sempre fundamental, mas nos dois anos é prioritária. É quando começam a definir a personalidade. A Vera é "coração mole" e facilita mais. Eu, apesar de brincalhão, só falo uma vez e eles cumprem. A presença e afirmação do pai é fundamental nesta fase da educação. O Rodrigo explora e testa os limites ao máximo. É mesmo maroto. É um menino muito activo e é bom vê-lo crescer com saúde. Apesar dos desafios, já percebe os princípios básicos e as regras de uma boa educação. Raramente sai da mesa sem pedir “por favor, pede desculpa à mana quando a magoa e dá-lhe beijinhos. Diz obrigado, entre outras palavras, que nós designamos como mágicas.
Chegou o dia de as bruxas saírem à rua ou, como diz a Margarida desde que viu o filme "Coco", o "Dia de los Muertos". A Margarida sempre gostou destes dias. Há três anos que fazemos a abóbora e ela veste-se a rigor para ir para a escola. Este ano, o Rodrigo também já fez parte do cenário. O vizinho Paulo ofereceu a abóbora. Adoraram mexer e limpar: espalharam os fios da abóbora pelas cadeiras e o Rodrigo estava tão entusiasmado que teve de ir para a banheira de seguida. Eu recortei e coloquei a vela. No dia 31 de Outubro, foram vestidos a rigor para um dia fantástico e jantámos à luz da abóbora. Houve direito a doçuras mas, como não podia deixar de ser, também houve travessuras.
O Rodrigo é muito teimoso e um bocadinho gozão. Noto mesmo que é um garoto que gosta muito de brincar. Sabe que faz mal e ri-se a seguir. É daquelas crianças que, não tenho dúvida nenhuma, vai ser líder. Tem uma personalidade muito vincada mas também é brincalhão. Dá-lhe um tom de criança atrevida mas gostosa, por assim dizer. Gosto de ver uma criança mais desinibida, mais activa. Ele vai ser uma criança muito dinâmica e feliz.