Eu e a Ana somos pais com personalidades diferentes. A Ana é mais organizada, focada e é muito rápida quando é preciso fazer alguma tarefa. Eu sou mais relaxado e tranquilo. Ajo, especialmente nos momentos de maior stress e é preciso recuperar a calma.
Apesar das nossas diferenças, acabamos por funcionar bem e ajudamo-nos quando é preciso. Conseguimos um bom equilíbrio.
Não temos dúvida: somos melhores pessoas graças ao nascimento do Rodrigo. Estamos sempre a aprender com ele. Obriga-nos a saber mais sobre educação, a ler emoções, lidar com situações complicadas. Às vezes irritamo-nos, mas acabamos por perceber que não serve de nada. Por outro lado, aprendemos a funcionar em equipa. Quando ele exige atenção e estamos cansados, um de nós assume o comando ou falamos com ele e procuramos explicar isso mesmo.
Cá em casa não somos apologistas de horários muito rígidos. Acima de tudo, preocupamo-nos em perceber qual é o estado de espírito do nosso filho. No outro dia, por exemplo, lanchámos tarde pois resolvemos comer panquecas. Achámos por isso que o Rodrigo não iria jantar muito, mas enganámo-nos. (risos) Ele comeu sopa e dois pratos! Às vezes os miúdos querem comer, outras vezes não e, ainda assim, está tudo bem. Quando percebemos que não é obrigatório comerem determinadas quantidades a horas certas, relaxamos. E eles acabam por aproveitar a comida de uma outra maneira.
O Rodrigo está perfeitamente adaptado à escola. Se no início custou a adaptar-se às rotinas do sono – ele dormia um pouco mais tarde em casa – , agora já quer ficar lá por mais tempo. Às sextas-feiras, por exemplo, quando o vamos buscar ele quer sempre ficar para andar pelo jardim ou brincar com outros meninos.
O Rodrigo é uma criança cada vez mais autónoma. Há tarefas que ele gosta especialmente de fazer sozinho, como a escolha da roupa. Já tenta calçar os sapatos e gosta em especial de escolher as meias. Quando chega a hora de tomar banho também insiste em despir algumas peças de roupa. Ultimamente gosta de ser ele a colocar a mochila da escola dentro do carro e de subir para a cadeirinha onde viaja.
O Rodrigo sempre foi muito desenvolvido no que toca à linguagem e por isso, para já, a escola tem sido uma ferramenta importante sobretudo no desenvolvimento motor. Como lá têm um espaço exterior muito bom, todos os dias ele e os outros meninos vão à rua brincar, trepar e saltar. Noto-lhe uma evolução nesse campo. Está mais desenvolto quando dá saltos ou tenta dar uma cambalhota. É visível que tenta arriscar mais.