O Rodrigo é muito teimoso e um bocadinho gozão. Noto mesmo que é um garoto que gosta muito de brincar. Sabe que faz mal e ri-se a seguir. É daquelas crianças que, não tenho dúvida nenhuma, vai ser líder. Tem uma personalidade muito vincada mas também é brincalhão. Dá-lhe um tom de criança atrevida mas gostosa, por assim dizer. Gosto de ver uma criança mais desinibida, mais activa. Ele vai ser uma criança muito dinâmica e feliz.
A relação do Rodrigo e da Margarida é muito boa. Têm uma grande afinidade. Quando a Margarida sai, ele pergunta: “a mana?”. Se ela por acaso for dormir à minha mãe, o Rodrigo passa o tempo a perguntar pela mana. É um amor infinito. Mas também já começaram a fase do gato e do rato. Mais o Rodrigo: é mais travesso. Arranha-a, apanha-lhe o cabelo… Ela tenta gerir. Tem muita calma. Não lhe bate, é bastante pacífica. Pede-lhe para não fazer aquilo. Depois, eu digo: Rodrigo pede desculpa à mana. E ele derrete-se em beijos. Ela derrete-se com os beijinhos e com os abracinhos dele e pronto, passa logo. Comportamento gera comportamento. Se ela começar a bater, ele continua e então andamos aqui em grandes birras e batalhas navais, e não é isso que se pretende.
O Rodrigo vai para o infantário com três ou quatro pares de cuecas. Numa semana, já pedia para fazer chichi e cocó. Já vai a correr sozinho para fazer. Também há acidentes, claro. No segundo ou terceiro dia em que lhe comecei a fazer o desfralde lembrou-se de, depois de eu ter feito as camas todas de lavado e limpado a casa, fazer chichi na cama dele. E também fez na minha cama… mas está a correr muito bem.
O Rodrigo gosta muito de fazer desenhos. A Margarida sempre gostou muito de fazer desenhos e ele copia tudo o que a irmã faz. Assimila os conceitos de pai e carro e tenta fazer uns desenhos parecidos com um carro e o pai. Agora como estou em casa, ele desenha-me mais. Mostra a necessidade de estar com o pai nos desenhos. É muito engraçado.
O Rodrigo está numa fase muito engraçada, no pico do crescimento. Deixou de ser bebé, passou a ser uma criança. Já fala muito, percebe tudo e interage imenso. Às vezes sabe que está a fazer asneiras, chama-nos e mostra o que está a fazer. Sabe que não deve. É muito provocador. Se lhe dizemos para não fazer uma coisa, com cara de travesso, faz mesmo. O único ponto menos positivo é estar a começar a fase das birras. Mas tudo isso serve de aprendizagem. Ajuda sermos pais de segunda viagem porque temos as ferramentas para parar uma birra.
A Margarida gosta muito de falar inglês. Sem ninguém ensinar, o Rodrigo começou a dizer “hello” e “bye, bye”. Recordo-me de a Margarida ter ido à consulta dos dois anos e de se despedir da pediatra em inglês. Ela já tinha fechado o computador e abriu para registar, achou piada. Fico muito feliz por eles desenvolverem esta apetência, já que o meu "calcanhar de Aquiles " sempre foi o inglês. Nesta fase, o Rodrigo está a aprimorar muitas características, inclusive a personalidade. A forma de falar, movimentar, interagir, o temperamento, o relacionamento com as outras crianças e com a família.
Com o Verão, vêm os imigrantes. A minha cunhada (irmã do Hugo) chegou no dia 10 de Julho. No Domingo, fizemos um piquenique no Parque do Convento. Foi um dia muito bem passado. O meu afilhado tem cinco anos, então foi uma animação. Os miúdos brincaram, fizeram caminhadas, jogaram à bola, entre muitas outras brincadeiras. No final do dia, tomaram banho, jantaram e dormiram a noite toda, pois brincar também cansa.
O ‘Malhão’ é uma música que o Rodrigo já canta e dança há imenso tempo. Aliás, sempre que ouve uma música, começa a dançar. Parece ter nascido com o ritmo certo. Sempre que colocamos músicas infantis, ele dança mas, quando chega o Malhão, temos direito a coreografia e tudo.
Todos os dias lutamos para que a alegria e a felicidade façam parte do dia-a-dia da nossa família. Os aniversários são mais momentos de alegria e convívio. O Rodriguinho fez dois anos no dia 22. Com decoração do Panda, a festa foi muito animada. O momento alto da festa foi quando o próprio Panda apareceu para dançar com a criançada. Fazemos tudo para ver os nossos filhos felizes. Que o sorriso seja uma constante e a vida o melhor palco para brincar. Nunca percas essa sede de descobrir e de alegrar tudo. Parabéns, nosso amor pequenino!
A Margarida tinha uma secretária com um banco que já não usava no quarto dela. Num sábado, lembrei-me de que estava na altura de o partilhar com o Rodrigo. Bem, ele adorou! Está sempre a sentar-se lá a fazer desenhos ou, como diz a Margarida, “grandes riscalhadas". O que mais adora é fazer o pai. Está em tudo o que desenha.