Uma aprendizagem recente que fizemos foi aprender a reconhecer aquilo que são identificados como os períodos sensíveis, ou seja, fases em que a criança está focada em determinada acção. No caso do Rodrigo identificámos que, há umas semanas atrás, ele se concentrava, em especial, em conseguir subir e descer escadas. Isso traduzia a capacidade de treinar algo que vai fazer parte da vida dele. Tentamos potenciar ao máximo estes períodos. Não o paramos nem dizemos coisas como: - «Rodrigo, já subiste as escadas 10 vezes. Agora não o faça mais!». Se ele tem essa vontade e necessidade, deixamos que a treine – não quer dizer que fique uma tarde inteira a subir ou a descer escadas.
Ultimamente, o Dinis tem reagido aos momentos de frustração com mão leve. Bate em qualquer pessoa que esteja por perto. Isso acontece quando o irmão está a pintar ou brincar com legos. Ele aproxima-se deitando o jogo abaixo ou tirando-lhe as canetas. Na escola tem acontecido o mesmo. Foi-nos dito que ele bate em outros miúdos quando têm os brinquedos que ele quer. Ele responde levantando a mão e batendo. Quando o repreendemos, ele ri-se e continua a fazer mais. Parece-nos que ele acha que está numa brincadeira, e ainda não tem noção do bem e do mal. Vamos esperar que passe, e continuar a fazê-lo ver que essa não é uma atitude correcta. Zara e Luís
A Margarida já frequenta a escola e tem sido engraçado ver as reacções dela. Gosta muito de usar a mochila e assim que entramos começa logo a chamar pelas 'mininas'. No entanto, mal passamos a entrada da escola ela começa logo a pedir colo e a agarrar-se a mim. Estes momentos custam-me muito… Não é só a minha filha que tem de aprender a ser mais autónoma e independente, eu também preciso de (voltar) a aprender a viver sem tê-la comigo 24 horas por dia.
Participei numa aula de yoga, era destinada a bebés até aos 5 meses. A experiência foi mesmo muito gira, recomendo-a vivamente a todos os pais. É um acto de relaxamento para as mães, e para as crianças. Acima de tudo, são momentos de grande interacção. Agora, quando mudo a fralda ao Rodrigo faço sempre questão de cantar para ele as músicas que aprendi na aula. Houve um exercício que aprendi lá e me marcou especialmente. Consiste em agarrar nos braços do bebé e, ao mesmo tempo que a mãe os abre e fecha, diz em voz alta ‘Amo-te’ enquanto olha para o bebé. E repete-se várias vezes. No caso do Rodrigo, ele fica todo contente e acaba por brindar-nos com sorrisos bons. Tudo isto traz um enternecimento grande e acaba por enriquecer muito a ligação entre pais e filho.
Este mês regressei ao trabalho. Estou a fazer uma espécie de part-time pois só vou trabalhar 15 dias em Novembro e 15 dias em Dezembro, para ser uma transição mais suave. Claro que é sempre duro deixar de estar com o Rodrigo o dia todo, mas como ele fica com o Diogo estou descansadíssima - o pai dá conta do recado e faz tudo igual ou ainda melhor que eu, só lhe falta mesmo produzir leite!Se o Rodrigo fosse já para o berçário aí acho que ficava angustiada, mas felizmente temos mais uns meses pela frente antes disso acontecer. O regresso ao trabalho foi tranquilo - recebi muitos mimos da minha equipa e comecei a trabalhar nos temas aos poucos. Confesso que já sentia falta pois gosto muito do que faço. Como vivo perto do trabalho, à hora de almoço venho a casa dar de mamar e depois volto cedo para casa. O Diogo tem utilizado leite que congelei para garantirmos que o Rodrigo mantém a amamentação exclusiva com leite materno pelo menos até aos 6 meses.Nesta primeira semana o Rodrigo dormiu as noites inteiras o que foi óptimo para acordar descansada! Por todas estas razões o meu regresso ao trabalho tem sido ainda melhor do que imaginava e fico feliz por estar a conseguir conciliar tudo tão bem!
Temos vivido dias de muito amor. O nosso filhote veio mudar todas as nossas rotinas, e aquilo que fazíamos a dois, mas veio mudar para melhor. Os nossos momentos a dois continuam a existir, e os momentos com ele são excepcionais. Tem sido uma felicidade extrema. Há sempre um som, um choro diferente e é muito bom estar a acompanhar estes momentos.Eu sinto-me muito privilegiado.