Tentamos o mais possível não berrar com o Rodrigo, a única altura em que isso pode já ter acontecido é por vermos perigo iminente. Por exemplo, no momento em que estamos a atravessar a estrada. Ou se tivermos alguma coisa ao lume, ou o forno ligado. Acho que ele também percebeu que qualquer uma destas coisas eram importantes. Como não usamos o “NÃO” tantas vezes ele também valoriza mais quando o chamamos à atenção. Pode inclusivamente ficar meio assustado a tentar perceber o que se está a passar connosco. Fica com toda certeza a processar o acontecimento e há mais probabilidades que não volte a repetir.
Eles tomam banho antes do jantar, jantam e vão para a cama. Porque tem que ser sempre tudo de seguida. Sempre a mesma rotina. O banho ajuda a acalmá-los. Eles já sabem que depois do banho vão jantar e a etapa seguinte é cama. Aquela hora não há intervalos para brincadeiras. Para não terem tempo de se entusiasmar com nada. Não há sequer televisão porque eles não podem ficar excitados antes de ir para a cama. Às vezes zango-me com o Daniel (pai) porque ele chega, quer estar um bocadinho com os filhos e aproveita para brincar com eles no quarto, enquanto eu vou fazer os leites. Com esta quebra de rotina eles ficam excitadíssimos e depois não querem dormir. Claro que quem fica ali depois um par de horas sou eu. Nesta situação demoro muito a adormecê-los. É um desatino choram porque querem o pai e porque querem continuar a brincadeira.
Quando o Rodrigo faz alguma pequena asneira, há dias em que me dá muita vontade de rir. Tudo por causa das expressões de malandreco que ele faz… Mas, de um modo geral, posso dizer que me controlo. O riso fica cá dentro. O meu pai é que é pior! (risos) Ele sim ri-se sempre das asneiras que o Rodrigo faz. Ele já se apercebeu disso e, então, repete-as sendo que, logo de seguida, chama sem parar pelo avô. Como quem diz: «Este é que me entende!». Diogo
Os livros são objectos muito importantes na nossa vida. Desde que somos pais temos procurado incutir o gosto pela leitura aos nossos filhos. À noite, quando chega o momento de deitar, dedicamos tempo às leituras e contamos-lhes histórias. É um momento de que todos gostamos muito até porque o Dinis é muito curioso e já demonstra que gosta de folhear os livros.
Os miúdos gostam muito de replicar aquilo que fazemos e também de mexer nos objectos que usamos. Não é por acaso que eles gostam de brincar com os telemóveis, comandos de televisão, etc. Nos últimos tempos, uma das coisas que temos tido em atenção é não ter os nossos telemóveis à mão. Começámos a reparar que o Rodrigo o pedia muitas vezes… Ainda que ele só o peça porque quer ver fotografias dele próprio, nós preferimos que esse contacto repetido não aconteça. Tentamos sempre tenha actividades mais lúdicas e com interesse.
O Dinis já consegue comer sem a nossa ajuda. Recentemente ganhou um novo hábito: quando estamos à mesa quer sentar-se numa cadeira das nossas. Está na fase da imitação e, como vê que estamos cada um num lugar, também quer ter um. Acreditamos que o facto de frequentar a creche o tem ajudado a ser cada vez mais autónomo pois as educadoras de infância ensinam as crianças a sê-lo.
Uma das coisas que nos esforçamos por ensinar aos nossos filhos é o espírito de cooperação e entreajuda em casa ou na escola. O Dinis aceita e colabora de forma positiva quando pedimos para ir buscar toalhitas, fraldas ou arrumar os brinquedos no local certo. Acredito que este trabalho deve ser feito em casa e na escola. É fundamental haver sintonia entre todos. Só assim o Dinis entende que as regras são para cumprir. Luís
É habitual sermos requisitados pela escola dos meninos para fazer algumas actividades. Acontece que a nossa vocação para trabalhos manuais é reduzida, diria que temos mesmo muita falta de jeito (risos)! Habitualmente é o pai quem se dedica a fazer essas tarefas com a supervisão do Miguel enquanto a mãe fica a vigiar o Dinis para que ele não destrua tudo o que está a ser feito. Temos um kit de materiais recicláveis e artigos de “corte e costura” pronto a ser usado, para o que der e vier. Luís e Zara
Valorizamos a aprendizagem de línguas estrangeiras na educação do Rodrigo e, por isso, apostamos nesses estímulos. Com 18 meses, já diz muito bem algumas palavras como «Hello», «Bye, bye» ou «Dady». Se lhe dissermos «Clap your hands», ele também compreende bem e começa a bater palmas. Aprender outra língua é um extra que podemos dar-lhe nesta fase ou em qualquer altura da vida. É um óptimo exercício. Como, naturalmente, está mais desenvolvido no português, quanto tentamos falar com ele só em inglês, ele fica chateado porque não entende com tanta facilidade. Vamos continuar a falar mais a inglês para ele se ir habituando. Diogo e Ana