Temos de assumir quando nós, pais, somos os culpados de algumas asneiras dos filhos. Ora, eu vi uma coisa engraçada, que foram uns rolos com desenhos para colar nas paredes para pintar. Escusado será dizer que não correu bem… Além dos desenhos também as paredes ficaram decoradas. Desta vez o culpado foi o pai, toca a limpar o trabalho artístico dos filhos.
Com esta idade, a Margarida era mais autónoma a nível da linguagem do que o Rodrigo. Com pouco mais de um ano dizia tudo. Mas no comportamento são bastante parecidos. A Margarida também o estimula e provoca. Ele quer fazer tudo o que a irmã faz. Agora adora fazer exercício físico e tudo serve para isso. Se a Margarida dá uma cambalhota, ele dá também. E sem medo. É bastante aventureiro.
Todos os anos realiza-se, em Oliveira de Azeméis, uma festa popular em honra da Senhora da La Salete. Este ano decidimos ir. Foi a primeira festa dos miúdos.
Quando falamos que íamos levá-los à "festa" a resposta foi muito positiva e ficaram bastante entusiasmados. Na verdade, eles não faziam ideia do que era uma festa popular, mas basta a palavra “festa” para que fiquem delirantes.
Caminhámos imenso, vimos carrosséis, comprámos rifas, comemos farturas e churros. Os meninos ficam felizes com estas saídas, e nós, felicíssimos por eles.
Para preparar os primeiros dias de escola lemos ao Rodrigo o livro "O Monstro Vai à Escola". Para quem já conhece o Monstro das Cores estas imagens não serão novidade - o monstro e as suas cores (que representam emoções) vai experimentar a escola pela primeira vez.
A história passa pela preparação para esse momento e várias experiências dentro da escola ao longo de um dia que tipicamente representam as actividades que encontramos numa creche/infantário.
Usámos este livro para explicar ao Dido o que era a escola e para criar entusiasmo pelo momento da saída. Fomos lendo alguma vezes e na semana anterior à escola lemos todos os dias e fizemos o paralelismo com a ida dele. Foi um bom cúmplice.
O Rodrigo está numa fase muito engraçada, no pico do crescimento. Deixou de ser bebé, passou a ser uma criança. Já fala muito, percebe tudo e interage imenso. Às vezes sabe que está a fazer asneiras, chama-nos e mostra o que está a fazer. Sabe que não deve. É muito provocador. Se lhe dizemos para não fazer uma coisa, com cara de travesso, faz mesmo. O único ponto menos positivo é estar a começar a fase das birras. Mas tudo isso serve de aprendizagem. Ajuda sermos pais de segunda viagem porque temos as ferramentas para parar uma birra.
Andamos a programar novas actividades para fazer com os miúdos, e decidimos levá-los ao cinema já que em casa é um dos programas preferidos. Apesar da tenra idade achámos que seria uma boa ideia. Além disso eles mostravam algum interesse e lá fomos sem grandes receios.
O remake do filme “O Rei Leão” foi a nossa escolha e eles adoraram. Correu bastante bem, no início a Margarida ficou assustada com o grande ecrã e com o som, mas passou e assistiram, muito interessados, à exibição do filme. Iam comentando e davam sonoras gargalhadas, o que talvez não tenha sido o mais agradável para o resto da assistência. Comeram imensas pipocas e foi um grande momento em família.
E o dia chegou! O Rodrigo estava bastante animado e cheio de energia, eu a sofrer de angústia por dentro e a tentar mostrar-me calma por fora.
Decidimos que seria o pai a levá-lo e a fazer a adaptação. O Diogo é tranquilo e descontraído e transmitiu-lhe essa energia nos dias seguintes.
Na primeira semana ficou apenas umas horinhas, na semana seguinte começámos os momentos mais desafiantes de o deixar com segurança e de ver que estava bem entregue.
O segredo é haver muito colinho envolvido (nosso e da escola) e estamos cá para o confortar o mais possível neste momento. De coração apertadinho, é um facto, mas cheios de coragem e vontade de que corra tudo pelo melhor.
Por norma, os miúdos não tomam banho juntos. Mas às vezes é difícil que um deles vá para a banheira. A forma de os convencer é dizer que vão ao mesmo tempo. É uma animação para eles e até se ajudam. A ideia de que assim se poupa tempo e recursos vai, literalmente, por água abaixo.