O Rodrigo vai ficar em casa até Agosto. Depois em Setembro irá entrar na escola que escolhemos. É uma escola que promove muito a autonomia da criança. Não é montessoriana, mas dentro das opções que temos perto de casa é aquela que nos dá mais confiança na metodologia que aplicam. É um registo mais escola moderna. Tem condições óptimas e um espaço exterior que nós valorizamos imenso. Deixa as crianças serem crianças o que para nós é fundamental. Faz parte sujarem-se, caírem e brincarem.
Eles tomam banho antes do jantar, jantam e vão para a cama. Porque tem que ser sempre tudo de seguida. Sempre a mesma rotina. O banho ajuda a acalmá-los. Eles já sabem que depois do banho vão jantar e a etapa seguinte é cama. Aquela hora não há intervalos para brincadeiras. Para não terem tempo de se entusiasmar com nada. Não há sequer televisão porque eles não podem ficar excitados antes de ir para a cama. Às vezes zango-me com o Daniel (pai) porque ele chega, quer estar um bocadinho com os filhos e aproveita para brincar com eles no quarto, enquanto eu vou fazer os leites. Com esta quebra de rotina eles ficam excitadíssimos e depois não querem dormir. Claro que quem fica ali depois um par de horas sou eu. Nesta situação demoro muito a adormecê-los. É um desatino choram porque querem o pai e porque querem continuar a brincadeira.
O Rodrigo está numa fase muito bonita. É muito observador, gosta de descobrir, imitar tudo o que a irmã faz, eu, o pai… Também já sabe mais palavras. Agora chama o Zé, o melhor amigo. Chama a avó, o panda. Adora o panda! Quando se despede, diz adeus com as duas mãos a toda a gente. Faz “xau”, com uma alegria contagiante. É bom acompanhar o crescimento dele.
O banho é um momento de muita alegria, se dizemos à Margarida que lhe estamos a preparar um banho de espuma ela começa logo a subir as escadas a caminho da casa de banho.
Ana e Daniel
* O projecto Bebés Saúda agradece ao Museu de Chapelaria a disponibilidade e simpatia
O facto de ter estado dez meses em casa de licença, fez-me ficar com um apego maior ao meu filho, acho que é natural. Mas o regresso ao trabalho, correu bastante bem. Nos primeiros dias estranhei muito a mudança de rotinas, e é óbvio que tinha vontade de passar mais tempo com o meu filho, mas a transição correu bem. Não se pode dizer que tenha sido muito difícil, porque consigo todos os dias estar algumas horas de qualidade com ele.
Incentivei mais a evolução do Miguel do que a do Dinis. Por exemplo, na linguagem. Com o Dinis tenho menos disponibilidade, porque já é o segundo filho. Mas agora é preciso intervir menos porque o irmão é quase um professor para ele. Para o Dinis, o Miguel é um estímulo e um exemplo. É quase um ídolo. Ele está sempre a observar como o mano se porta, como brinca, como faz certas tarefas. E, claro, vai imitando o irmão.
Com a Primavera, vamos tentar desfraldar o Rodrigo. O ‘pitó’, o nome que damos ao bacio no Fundão, está na casa de banho e ele já diz que é para o cocó. Ele senta-se e acha piada. Já começa a fingir que está a fazer força mas, até agora, nunca fez nem chichi nem cocó. A Margarida anda toda entusiasmada com a situação e gosta de ir buscar livros e contar histórias ao irmão, enquanto ele está no ‘pitó’, na esperança de que algo aconteça. Vamos ver como corre.
A Margarida já fala imenso. «Eu quelo» e «não conxigo» são as expressões mais usadas no momento. Ela já tem um vocabulário bastante extenso. Nós falamos muito com os nossos filhos. O irmão também começou a falar muito cedo, fala muito bem e acho que é uma boa influência para a Margarida. É giro ver que ela todos os dias vem com uma palavra nova. Mal acorda começa a chamar pelo mano. Penso que a palavra mais dita por ela é mano. Com excepção para a palavra mamã que é a que está no pódio das preferências.