Costumamos brincar que «uma casa arrumada não é uma casa feliz». A nossa apesar de ter uma zona só para brinquedos, estão espalhados por todo o lado. Se vai para a cozinha o Rodrigo agarra nas panelas e desarruma tudo. A seguir vai a Margarida e arruma tudo. Ela até me diz muitas vezes: «Oh mãe, ainda agora arrumei e o Rodrigo já está a desarrumar tudo.»
Na sala temos um espaço com argolas e umas pecinhas para eles colocarem. Mas a brincadeira preferida do Rodrigo é mesmo espalhar brinquedos por todo o lado. Gosta de andar e empurrar os carros que eram da irmã. Entre eles jogar à apanhada é a brincadeira predilecta.
Como era de esperar o Rodrigo anda a testar os seus limites. Nós sentimos isso, porque ele de alguma forma começa a ter vontade própria. Para ajudar à festa, a motricidade fina é maior.
Ferramentas para dar conta destes testes de limites não há muitas. Às vezes basta distraí-lo. Quando é uma coisa que sabemos que não é possível fazer – como ele ainda não entende muito bem – a única solução é distraí-lo para outra situação e isso ajuda-nos a nós e a ele. Porque se ficarmos naquela coisa do «não faças isso», «não podes fazer», será frustrante para ele porque não percebe porque não pode. Claro que há uma expressão que usa muito:«não, não.» Porque a tem ouvido de várias pessoas. E dizemos: Não, não Rodrigo aí não. Sabe perfeitamente o que NÃO quer dizer.