Na semana anterior ao meu aniversário decidi ingressar numa dieta rigorosa prescrita pela minha dietista da Farmácia Amparo. Uns dias antes tinha visto na televisão exemplos de mães que, como eu, tiveram depressões pós-parto e sofreram de compulsão alimentar. Revi-me nessas histórias. Dias dias depois fui passear até ao Carvoeiro com duas amigas e aconteceu que uma delas tirou-me fotografias. Ao ver as imagens no ecrã do computador fiquei a pensar na dimensão do meu corpo...
Por acaso deparei-me com um anúncio ao balcão da farmácia sobre consultas de nutrição. Senti que aquele era mais um sinal, como se o destino me estivesse a dizer: «precisas perder peso, pela tua saúde e pelo bem-estar dos teus filhos». Decidi, então, marcar uma consulta.
O plano nutricional que a dietista me prescreveu implica não comer alimentos como batata, arroz, massas, fritos, entre muitos outros cuidados. Ao longo do dia faço sete refeições e bebo três litros de água. Já perdi cinco quilos.
Todas as semanas tenho um plano alimentar diferente. Neste processo os meus filhos são a minha maior inspiração, pois nos últimos meses já me cansava muito a cuidar deles e a andar e correr atrás do Miguel. Sentia o meu corpo fraquejar pela falta de energia. Com a depressão refugiava-me muito nos alimentos doces e açucarados.
Quero que os meus filhos sintam orgulho em mim por ser uma mãe com energia e vitalidade para brincar com eles. E, sobretudo quero que o Dinis e o Miguel vejam que a mãe é feliz por ser saudável. Quando pergunto ao Miguel se a mãe é gorda ou magra, ele responde: «A mãe é gorda». E eu, como devem calcular, não gosto de ouvir essa verdade. Zara