Os Sentimentos do Avô Delfim
Hoje passo a palavra ao meu pai Delfim Gonçalves.
Ana
Não me lembro de ter grandes brincadeiras com a minha filha Ana. Naquela época ela ficava mais com a mãe. Eu era muito novo e hoje parece que vejo tudo com mais calma. Quando tive a minha Ana, tinha 21 anos. Agora tenho mais vagar para estar com os meus netos. O Daniel gosta de ir comigo ver os gatos, jogar à bola e ir ao café. Chama-me ‘avô Bilha’ porque tenho o gabinete cheio de bolas para ele brincar.
Já a Margarida acho-a tão fragilzinha que nem gosto muito de pegar nela. Se lhe peguei três vezes foi muito. Enquanto for assim pequenina tenho um bocado de receio de lhe pegar. Mas desde que ela começou a rir-se já é mais fácil meter-me com ela.
Delfim Gonçalves (avô Bilha)