Momento nanana
Sempre que estou sozinho com a Margarida ela resolve ter um daqueles ataques de choro e eu faço o que posso, mas nada resulta. Se calhar era mais eficaz eu ficar sentado e quieto e esperar que ela parasse de chorar, mas como esse parar de chorar nunca mais chega eu vou tentando fazer tudo e mais alguma coisa a ver se a acalmo. A regra é que ela chora quando lhe apetece. E sim canto, canto o que me vier à cabeça. É o nananana. É o que for preciso. Não será propriamente um momento terno e íntimo em que lhe faço uma serenata. É mesmo um cala-te por favor. Em rima.
Daniel
O show do Daniel (pai)
Às vezes chego ao quarto e ele anda aqui a dançar com a Margarida. Em tronco nu, porque fica cheio de calor. Anda para trás e para a frente. Depois senta-se e volta a levantar-se. Canta, dança e abana-se. Normalmente não resulta, mas é um espectáculo digno de se ver.
Ana