Ir adorar o menino
Nos primeiros dois, três dias depois do nascimento do Rodrigo pedimos que nos deixassem estar sossegadinhos em casa para a criança se adaptar ao novo ambiente. Ela a nós, nós a ela. E a partir daí começaram as visitas sem hora marcada. Informámos que viessem à hora que quisessem durante o dia, mas que evitassem visitar-nos à noite.
Quem tem pequenos em casa nunca consegue ter a casa completamente arrumada ou limpa. Evidentemente que temos os cuidados básicos de higiene quando há crianças e um cão. Mas não somos aquelas pessoas que têm a casa muito bem-apresentada para dar nas vistas quando vêm pessoas de fora. Temos tido sobretudo visitas surpresa. No seio familiar e até no circulo de amigos estão habituados a aparecer sem avisar, tocar à campainha basta. Trazem-nos morangos, cebolas e cenouras. Até com a vizinhança temos laços estreitos, como se fossem família. São poucos, mas bons. A mãe da Vera quando nos visita faz sopa e até passa a ferro, mas também nos tem deixado ter os nossos momentos. Por causa desta falta de planeamento relativamente às visitas houve dias em que não tivemos ninguém e outros em que tivemos casa cheia.
Hugo