Esta semana experimentámos uma aula de baby yoga pela primeira vez. Para quem não conhece – como era o meu caso – esta aula inclui cantos, meditação, exercícios para "espreguiçar" o bebé e testar a sua flexibilidade, que é muita. Houve também uma interacção muito gira entre os vários bebés que participaram nela. Como o Rodrigo ainda não chegou à fase de se sentar não conseguimos fazer os exercícios todos. A meio ele decidiu que queria mamar por isso ficámos a ver os outros meninos enquanto um certo bebé adormecia muito relaxado com a respiração profunda da mãe. E vocês já experimentaram algo do género?
É um receio quase irracional. Eu tenho leite sei que tenho muito leite, mas quando a Margarida chora a meio da noite e chora imenso com cólicas ou outra coisa qualquer eu acho logo que a culpa é do leite, que não tenho leite suficiente e que a bebé tem fome.
O nosso filho é um bebé muito sorridente. Não tenho qualquer dúvida: herdou a boa disposição da mãe. Eu sou uma pessoa mais introvertida. Já a mãe é o contrário. É muito mais extrovertida do que eu. Ele sai à mãe no que toca à boa disposição e a pedir atenção. Nisso, os dois são iguais.
As primeiras férias do Dinis no norte do país foram sobretudo para rever pessoas da família do meu pai. É certo que tinha contacto com eles, mas presencialmente é diferente. Gostei também de rever Famalicão. Parece outra cidade, não a reconheci. Passámos pela avenida que tem o nome do meu avô Rebelo Mesquita e os meus olhos não encontravam as memórias que eu tinha.
O mais bonito foi ir ao local onde antigamente era a casa dos meus avós e se produzia o Jornal de Famalicão. Lembro-me dos campos em frente à casa, de ir apanhar amoras com os meus primos a um riacho que ali havia. Os campos da minha infância são hoje o lindíssimo Parque da Devesa. Quando lá estivemos encontrámos muitas bolotas no chão e o Miguel disse-me: «olha, olha vou apanhar seis bolotas.» A minha avó teve seis filhos e eles cresceram naquelas terras. Achei uma coincidência engraçada e guardei as bolotas que ele me deu. Fomos também à igreja Santiago de Antas onde casaram os meus pais e fui baptizada. Imagino que para os meus filhos os dois grandes momentos da viagem tenham sido o Zoo de Santo Inácio e o Sea Life do Porto. O Miguel adora animais e comandou-nos nas visitas. Foi giro ver a atenção do Dinis para com tudo. Ficou tão espantado com as aves de rapina, como os animais marinhos.
Tenho uma grande expectativa em relação a estes dias em que vou estar a tomar conta do Rodrigo enquanto a Ana está fora a trabalhar. Dou por mim a pensar se vou conseguir fazer as coisas todas bem, e se ele vai chorar muito ou pouco. Acredito que vai tudo correr bem. Tenho muita vontade de estar com o nosso filho, brincar com ele e, ao mesmo tempo, ver as reacções dele. A cada semana que passa, ele faz um sorriso diferente, mexe-se de forma diferente. É espectacular poder estar presente e acompanhar todos estes momentos. É uma altura muito, muito rica.
Bem sei que os pediatras e os especialistas aconselham as mães a fazer pausas e a dormir quando o bebé também está a fazê-lo, mas eu não consigo. Nunca fui muito de dormir durante o dia. As noites com o Rodrigo têm sido complicadas: ora ele acorda e dou-lhe a mama, ora acorda a Margarida. Quando a Margarida acaba de adormecer, o Rodrigo acorda de novo. Mas mesmo quando temos essas noites piores, não sou pessoa de me deitar e de descansar. Durante o dia, o Rodrigo tem feito soninhos de meia hora…Nesses momentos, vou aproveitando para ir fazendo outras coisas como passar a ferro, dar um jeito à casa, adiantar o jantar. Enfim, vou arrumando as coisas. O descanso fica sempre para depois.
Se a pele do rabinho está vermelha, irritada e a cada mudança da fralda o bebé choraminga ou mostra-se sensível ao toque é preciso tratar e cuidar. É nas zonas cobertas pela fralda que a inflamação se manifesta: é a chamada dermatite da fralda. O rabo assado é muito comum e as causas podem ser: o contacto prolongado com a urina e as fezes, a amamentação e introdução de novos alimentos, a toma de certos medicamentos, como os antibióticos pela criança ou pela mãe, se estiver a amamentar.
Cuidados e mimos: • A cada mudança, lave o rabinho com água tépida • Evite os toalhetes com álcool ou perfume • Limpe com uma toalha macia em especial as pregas • Aplique um creme ou pomada própria • Deixe a pele respirar, quanto mais tempo sem fralda melhor • Lave as mãos para evitar passar fungos e bactérias Caso apareçam bolhas, fissuras ou pus deve consultar um médico.
A casa tem um horário que é sempre o mesmo. A rotina é sempre a mesma e a Ana tenta jantar num intervalo e tomar banho noutro intervalo, tudo em função da Margarida e dos seus horários. Nunca acontece ela sair da beira da Margarida numa altura em que sabe que esta tem fome e quer comer. Ela chora porque quer a mãe.
Daniel
É sempre o papá que faz o jantar. Quando chega a casa muitas vezes vestido de camisa e tal todo formal, põe-se a cozinhar. Nem dá tempo de vestir uma das suas t-shirts temáticas. Normalmente já dei a sopa ao Daniel. Essa parte já está despachada, mas depois esperamos pelo pai.
Durante a gravidez do Dinis fazia caminhadas no passadiço de Alvor com uma amiga, a Alda Costa. Nesses passeios falávamos de tudo e de nada. A Alda mostrava-me como é gratificante ser mãe, traçando um quadro sereno sobre a maternidade. Dizia-me que os filhos são os bem mais preciosos que temos, mas que precisamos de educá-los a vida inteira. Abordávamos também um flagelo que mora no Algarve chamado desemprego e que nos atingiu às duas. Partilhava também fantasmas e medos que me tiravam a paz de espírito. Desde que soube da existência da sementinha que tinha o pressentimento que alguma coisa ia correr mal. Coincidência, ou não, surgiram complicações no fim da gravidez como a perda de líquido amniótico que me impediram de dormir nas últimas três semanas. Num desses passeios, cruzámo-nos com um bonequinho azul perdido no passadiço. A Alda disse-me: «Olha, um bonequinho para o teu bebé. Estás grávida de um menino porque não o levas para casa? É um cavalinho azul que vai aconchegar o Dinis na hora de dormir.» Assim fiz e comentei com ela: «Parece um amuleto, enviado por Deus.»
Esta foi a última caminhada porque na semana seguinte, já estava de repouso em casa. O cavalinho azul ficou na varanda à espera do bebé. Quando o Dinis tinha três meses comecei a aproximá-lo do cavalinho azul e fiz dele seu cúmplice na hora do sono. É um consolo, depois de tudo o que vivemos, saber que o Dinis se tornou «amigo» do cavalinho que trouxe para casa.
Este mês regressei ao trabalho. Estou a fazer uma espécie de part-time pois só vou trabalhar 15 dias em Novembro e 15 dias em Dezembro, para ser uma transição mais suave. Claro que é sempre duro deixar de estar com o Rodrigo o dia todo, mas como ele fica com o Diogo estou descansadíssima - o pai dá conta do recado e faz tudo igual ou ainda melhor que eu, só lhe falta mesmo produzir leite!Se o Rodrigo fosse já para o berçário aí acho que ficava angustiada, mas felizmente temos mais uns meses pela frente antes disso acontecer. O regresso ao trabalho foi tranquilo - recebi muitos mimos da minha equipa e comecei a trabalhar nos temas aos poucos. Confesso que já sentia falta pois gosto muito do que faço. Como vivo perto do trabalho, à hora de almoço venho a casa dar de mamar e depois volto cedo para casa. O Diogo tem utilizado leite que congelei para garantirmos que o Rodrigo mantém a amamentação exclusiva com leite materno pelo menos até aos 6 meses.Nesta primeira semana o Rodrigo dormiu as noites inteiras o que foi óptimo para acordar descansada! Por todas estas razões o meu regresso ao trabalho tem sido ainda melhor do que imaginava e fico feliz por estar a conseguir conciliar tudo tão bem!